Presidente do PP diz que cirurgião voltou atrás e aceitou Ministério da Saúde
O cirurgião paulista Raul Cutait voltou atrás e decidiu aceitar o convite do PP para indicá-lo ao comando do Ministério da Saúde em um eventual governo Michel Temer, disse na tarde desta terça-feira, 3, o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI).
Pela manhã, Nogueira afirmou ao Broadcast Político que Cutait tinha recusado a indicação para o Ministério da Saúde, por pressão de sua “família”, que era contra a nomeação. Segundo o presidente do PP, o médico voltou atrás no início da tarde desta terça-feira, após nova conversa com a família.
Apesar de ter aceitado o convite, Nogueira ainda tem que vencer uma divergência interna dentro do PP para indicar Cutait. Alguns deputados estão defendendo que a legenda indique um parlamentar para o posto. O nome do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) é o mais defendido.
Cutait é professor de cirurgia da Universidade de São Paulo (USP) e trabalha no Hospital Sírio-Libanês, um dos mais importantes hospitais do País, localizado na capital paulista. Além disso, possui um clínica própria, da qual terá de se afastar, caso venha a comandar o Ministério da Saúde.
O cirurgião é a primeira opção do presidente do PP para indicar para o comando Ministério da Saúde, Pasta também cobiçada pela bancada do PMDB na Câmara. O PP deve ficar ainda com a indicação para o cargo de ministro da Agricultura de um futuro governo Temer.
Padilha confirma indicação de Cutait
Apontado como futuro ministro-chefe da Casa Civil do eventual governo Michel Temer, Eliseu Padilha confirmou na tarde desta terça-feira, 3, a indicação do cirurgião paulista Raul Cutait para assumir o Ministério da Saúde. “Extraoficialmente, ele confirmou”, disse Padilha, de passagem pelo Senado.
O médico, um dos maiores nomes da cirurgia brasileira, foi indicação do PP para o cargo na gestão Temer. O presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PI), foi o responsável por negociar a indicação com o grupo ligado ao hoje vice.
Lobby
Além do Ministério da Saúde, o PP pode ainda ficar com a indicação para o cargo de ministro da Agricultura de um futuro governo Temer. Padilha disse haver um lobby forte de entidades ligadas ao setor para fazer ministra a senadora Ana Amélia (PP-RS). Mas não tem nada acertado, disse o provável ministro de Temer.
O partido possui a quarta maior bancada da Câmara, com 47 parlamentares, e ainda possui seis senadores.
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