Presidente do PROAM pede ‘superfundo’ para tragédias ambientais: ‘Não podemos ficar reféns’

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2019 15h40 - Atualizado em 25/01/2019 15h43
Reprodução/YouTube O presidente do PROAM, Carlos Bocuhy, afirmou que o Brasil precisa de um "superfundo" de recursos para tragédias ambientais

O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM), Carlos Bocuhy, afirmou que o Brasil precisa ter um “superfundo” orçamentário para recuperar locais atingidos por tragédias ambientais como a desta sexta-feira (25), em Brumadinho, Minas Gerais, onde uma barragem da Vale se rompeu. “Um país previdente teria um ‘super fundo’ onde você já tem o dinheiro, o governo faz toda a recuperação e processa o empreendedor”, disse em entrevista ao Jornal Jovem Pan.

Usando os Estados Unidos como exemplo, Bocuhy explicou que o “super fundo” impediria que as vítimas ficassem reféns das empresas causadoras dos danos, como em Mariana. “No Brasil a gente não trabalha com a lógica do ‘super fundo’, infelizmente. Não podemos ficar reféns do poluidor nos tribunais”, destacou.

Carlos Bocuhy também criticou o governo federal por reduzir recursos do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA. “Eu percebo uma dificuldade com o Governo Federal pelo discurso de enxugamento da máquina. Esses instrumentos federais para a área ambiental precisam ser fortalecidos”, afirmou o gestor.

O presidente do PROAM também lembrou que a nova gestão federal ameaçou sair do acordo climático mundial – apesar do presidente Jair Bolsonaro ter dito em Davos que o Brasil seguiria no pacto. “É preocupante que o governo se recuse a reconhecer os efeitos do aquecimento global. Por outro lado, também não pode adotar o discurso fácil de enxugamento sem pensar nas consequências para a população”, disse Bocuhy.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.