Presidente do PSL diz que ‘não vê sentido’ em manifestações: ‘Fomos eleitos, não há crise’
O presidente do PSL, Luciano Bivar, afirmou nesta terça-feira (21) que não vê sentido nas manifestações organizadas para o próximo domingo (26) por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. “Nós fomos eleitos democraticamente, institucionalmente, não há crise ética, não há crise moral, estão se resolvendo os problemas das reformas, então eu vejo sem sentido essa manifestação, mas toda manifestação é válida, é um soluço do povo para expressar o que ele está achando”, disse.
Bivar ainda falou que as pessoas não precisam ir às ruas para defender Bolsonaro porque o presidente “não cometeu nenhum crime”. “Para que tirar o povo para uma coisa que já está dentro de casa? Já ganhamos as eleições, já passou isso aí.”
Na tarde desta terça, a bancada do partido no Congresso deve se reunir para decidir se apoiará formalmente os protestos.
Atritos dentro do partido
Bivar relatou ainda que está agindo para tentar resolver atritos entre políticos do PSL que discutiram publicamente nos últimos dias e fez um apelo para que os colegas deixem de ser “reféns” das redes sociais.
“A gente não pode ficar com os sapatos pequenos quando os pés estão crescendo porque, se não trocar os sapatos, os dedos vão aparecer”, declarou Bivar, em relação às brigas internas no partido, que tem 56 deputados e quatro senadores.
As deputadas Joice Hasselmann e Carla Zambelli, ambas do PSL de São Paulo, discutiram recentemente por causa da medida provisória da reforma administrativa. “A Carla é uma militante, então ela é muito refém das suas redes. A Joice tem uma responsabilidade que transpassa a Carla que é de viabilizar as reformas que o governo precisa. Então são detalhes que precisam ser afinados agora.”
Para ele, o fato de políticos da legenda cederem aos “apelos das redes sociais” dificulta a governabilidade de Bolsonaro. “Dificulta porque nem sempre as redes sociais têm o sentimento do que é o jogo político, no bom sentido, e para que a gente viabilize alguma coisa a gente não pode botar no julgo popular”, concluiu.
*Com Estadão Conteúdo
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