Presidente do PT diz que decisão de Moro é “eminentemente política”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/07/2017 16h25
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A senadora Gleisi Hoffmann e ex-ministra da Casa Civil pediu o encerramento da reunião da CCJ Valter Campanato/Agência Brasil Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) enfatiza que o juiz Sérgio Moro quis prestar contas à opinião pública ao condenar Lula

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou nesta quarta-feira, 12, que a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro é “eminentemente política”. Segundo ela, o partido voltará a procurar órgãos internacionais para denunciar a “imparcialidade” do magistrado responsável pelos casos da Operação Lava Jato.

“Foi uma decisão eminentemente política, baseada exclusivamente na necessidade de o juiz Sérgio Moro prestar contas à opinião pública”, afirmou Gleisi.

Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-presidente pode recorrer em liberdade, uma vez que a prisão não foi decretada.

Para Gleisi, não há razão para que Lula seja preso. “Qual é o risco que o ex-presidente Lula representa para o Brasil?”, questionou a senadora. “Se quiserem tirar o Lula da vida política, sejam decentes e corajosos. Lancem um candidato e disputem nas urnas.”

Em discurso no plenário do Senado, o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), também criticou a decisão. “Estão condenando o Lula sem uma prova. O procurador Deltan Dellagnol admite que não tem prova”, disse, complementando que o partido não vai “aceitar calado”.

Segundo Gleisi, os senadores do PT vão a São Paulo no fim da tarde desta quarta para prestar solidariedade a Lula.

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