Presidente Temer classifica acusação de lavagem dinheiro como “disparate”

  • 28/04/2018 08h35 - Atualizado em 28/04/2018 08h35
  • BlueSky
EFE/Joédson Alves Presidente Michel Temer critica a Polícia Federal por conta do inquérito que investiga irregularidades no chamado Decreto dos Portos

O presidente Michel Temer se irritou com a notícia de que a filha dele seria ouvida no inquérito que apura supostas irregularidades na reforma da casa dela, que teria sido paga com dinheiro vivo.

Se irritou também com matérias que o acusam de ter supostamente lavado dinheiro de propina com a família. “Dizer que lavei dinheiro numa casa alugada? Dizer que gastei R$ 2 milhões… Em que mundo estamos? Digo aos senhores que é incrível, é revoltante, é um disparate”, disse o presidente da República.

Temer garantiu que tem como provar renda suficiente para a compra dos imóveis. Visivelmente transtornado, o presidente ainda criticou o que ele chama de vazamentos seletivos. “Só um irresponsável mal intencionado ousaria tentar me incriminar, minha família e meu filho como lavadores de dinheiro. Se pensam que atacarão a minha honra e da minhão e vão ficar impunes, não ficarão sem resposta. Eu até solicitarei, para que realmente as Instituições possam funcionar regularmente, ao ministro Jungmann que apure internamente como se dão esses vazamentos irresponsáveis”, declarou.

Ainda segundo o presidente, ele é vítima de perseguição e de ações que tentam paralisar o País. “Nós não paramos de trabalhar. Veja o Brasil de ontem e o de hoje. Sem embargo dessa tentativa criminosa de tentar atrapalhar o País criando problemas para o presidente da República. Se pensam ainda ilusoriamente se vão derrubar, não vou conseguir. O ataque não é de natureza institucional, fosse eu compreenderia, mas é de natureza moral. De pessoas que não sei se tem moral para fazê-lo”, disse Temer.

O presidente ainda reclama de manipulação dos dados e critica a Polícia Federal por conta do inquérito que investiga irregularidades nos portos. Segundo ele, como os investigadores não conseguem comprovar suas teorias ficam pedindo prorrogação de prazo ao lembrar que a PF pediu mais 60 dias para concluir os trabalhos.

O ministro da secretaria de segurança pública, Raul Jungmann já pediu apuração dos vazamentos e afirma que tais fatos depõe contra a Polícia Federal e que no estado de direito não é admissível comprometer o legítimo direito de defesa e que a violação do sigilo pode ser punido por sanção administrativo disciplinar, cível e penal.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

 

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.