Presídios de SC serão vistoriados pela Itália para poderem abrigar Pizzolato

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2015 11h52
19/08/2005. Brasília. Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, durante depoimento na CPI dos Correios no Senado José Cruz/ Agência Brasil Henrique Pizzolato

Representantes do governo da Itália devem vistoriar dois presídios do estado de Santa Catarina, no sul do País, a partir desta quinta (06). O objetivo é avaliar as condições das prisões que poderiam abrigar o condenado no mensalão e ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que enfrenta processo de extradição no país europeu após fugir do Brasil. As informações são do portal G1 de Santa Catarina, que recebeu dados da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania do estado.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no Brasil por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato, na ação penal 470. Ele fugiu para Itália escondido, com o passaporte falso do irmão morto no final de 2013, antes de ter sua prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro.

O ex-diretor do BB foi preso, em fevereiro de 2014, após mandado da Interpol, e tem seu caso analisado pelas autoridades italianas desde então. Durante o processo, a defesa de Pizzolato chegou a argumentar que no Brasil as cadeias não ofereceriam condições mínimas de direitos humanos, tornando a vida do preso “vulnerável” caso ele fosse extraditado. O Brasil, por seu lado, argumentou que o presídio da Papuda, em Brasília, oferece suficientes condições.

Serão vistoriados pelos italianos agora o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí e a Penitenciária Regional de Curitibanos, informa ainda o G1. Estarão presentes da inspeção, além das autoridades da Itália, representantes do Ministério Público Federal (MPF), da Advocacia Geral da União (AGU), do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações Exteriores e, por fim, da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania.

Na mais recente decisão, em 24 de julho deste ano, o Conselho de Estado da Itália anunciou a suspensão provisória da extradição de Pizzolado, para que mais documentos fossem fornecidos e o pedido da defesa fosse analisado.

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