Preso na Suíça, executivo voltou para colaborar

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/11/2016 09h01
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A general view of the headquarters of Odebrecht, a large private Brazilian construction firm, in Sao Paulo in this November 14, 2014 file photo. Brazilian police on June 19, 2015, arrested Marcelo Odebrecht, the head of Latin America's largest engineering and construction company Odebrecht SA, local media said, pulling the most high-profile executive into the corruption investigation at state-run oil firm Petrobras. Federal officers had orders to arrest a total of 12 people in four states and bring them to the southern city of Curitiba where the investigation is based, according to a federal police statement that did not give the names of the detained. REUTERS/Paulo Whitaker/Files Reuters Odebrecht

Um dos principais responsáveis pelo Setor de Operações Estruturadas – conhecido como o “departamento de propinas da Odebrecht” – voltou ao Brasil de forma “voluntária” para negociar um acordo de delação premiada meses após ser preso na Suíça. Fernando Miggliaccio da Silva, ex-executivo do grupo, foi considerado tanto em Berna quanto em Brasília uma peça-chave no esquema de propinas montado pela empreiteira.

Sua prisão e seu retorno aceleraram outros acordos de delação premiada entre os executivos da construtora. Em menos de três meses, ele foi interrogado no país europeu em pelo menos oito ocasiões.

Com a Operação Lava Jato em curso, o executivo se mudou para os Estados Unidos, no segundo semestre de 2014, com apoio financeiro do grupo Odebrecht. Em fevereiro deste ano, porém, ele foi preso na Suíça sob a “forte suspeita” de corrupção e ao tentar esvaziar contas. 

Migliaccio voltou ao Brasil após negociar o acordo de delação premiada. Na 35ª fase da Lava Jato, em setembro deste ano, o executivo foi denunciado por lavagem de dinheiro. “O empregado da Odebrecht que foi preso na Suíça retornou voluntariamente ao seu país, depois de ser liberado de prisão”, indicou o Ministério Público da Suíça. 

A Procuradoria do país europeu pediu a colaboração oficial do Panamá nas investigações. O ex-executivo da Odebrecht seria o administrador de uma conta por onde cerca de US$ 50 milhões teriam passado para pagar propinas.

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