Pretos e pardos são 64% dos desempregados no país, afirma IBGE

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2019 15h05
Edson Lopes Jr/A2AD Edson Lopes Jr/A2AD O total de brasileiros desempregados no primeiro trimestre deste ano foi de 13,387 milhões

Nesta quinta-feira (16) foi divulgado que a taxa de desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o último trimestre do ano passado. Dentre o total de brasileiros desempregados, que atinge 13,387 milhões, 63,9% são pretos ou pardos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego entre as pessoas de pele preta ficou em 16%, ante a média nacional de 12,7%. Já a taxa para as pessoas de pele parda foi de 14,5%, enquanto, entre os brancos, ficou em 10,2%.

No primeiro trimestre de 2012, quando havia 7,6 milhões de desempregados, pretos e pardos representavam 59,1% do total de pessoas desocupadas, ou seja, o desemprego atingiu mais essa parcela da população.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, “em sua maioria, a população de pretos e pardos é de baixa renda. “O avanço expressivo (no desemprego) é porque os cortes de vagas foram maiores nos canteiros de obra, e outros empregos que atingem a população mais pobre”, afirmou.

Pesquisa

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD-C), feita pelo IBGE, na passagem do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre deste ano, as maiores altas da taxa de desemprego foram observadas no Acre (de 13,1% para 18%), Goiás (de 8,2% para 10,7%) e Mato Grosso do Sul (de 7% para 9,5%).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, os estados que registraram alta na taxa foram Roraima (de 10,3% para 15%), Acre (de 14,4% para 18%), Amazonas (de 13,9% para 14,9%) e Santa Catarina (de 6,5% para 7,2%).

Em relação ao tempo de procura de emprego no Brasil, 45,4% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 24,8%, há dois anos ou mais, 15,7%, há menos de um mês e 14,1% de um ano a menos de dois anos.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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