Primeiro-secretário da Câmara diz que renúncia de Maranhão “é muito difícil”

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2016 16h19
Brasília - 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur comenta decisão do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), de anular votação do impeachment na Câmara (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Beto Mansur

Nesta semana, os deputados continuam a discussão na Câmara sobre a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência. O pepista assumiu o comando da Casa no lugar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). À Jovem Pan, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, afirmou que Maranhão deve continuar no cargo.

“Ele é o presidente de fato, substitui o presidente afastado. Possivelmente deverá acompanhar a reunião de lideres que discutem a pauta da votação de terça, quarta e quinta. Mas diria pra você que ele não vai se afastar”, disse. Mansur afirmou que “a renúncia é um ato unilateral, uma coisa muito difícil”.

O primeiro-secretário confirmou que houve uma conversa para afastar Maranhão, mas o deputado negou a renúncia e solicitou ajuda. “Fizemos uma reunião da mesa diretora, sugerimos que renunciasse ao mandato. Ele quis continuar, falou que precisava da minha ajuda. Como a gente tem experiência tem na Casa, me propus a ajudar. Não temos outra alternativa a não ser fazer uma administração compartilhada”, afirmou.

O parlamentar explicou ainda as ações vai tomar para garantir os trabalhos na Casa enquanto não se define a situação de Maranhão. “Logicamente que, se eu puder, vou ajudar dentro do plenário. Tenho as minhas atribuições, seria como um prefeito dentro da Câmara. Além disso, estaria com a responsabilidade de tocar o plenário”, disse.

Apesar da rejeição ao substituto de Eduardo Cunha ter crescido na última semana, Mansur destacou que a Câmara não pode parar. “Tentei buscar um entendimento semana passada e nessa para não deixarmos a Casa parar. Embora a gente esteja discutindo o problema do Maranhão, não podemos permitir que a Casa paralise as novas propostas que o Governo manda. Vamos ver com as lideranças e tocar a vida”, garantiu.

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