Prioridade do novo governo é construir estabilidade no Congresso, diz Jucá

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/05/2016 09h26
Brasília- DF- Brasil- 17/12/2015- Sessão do Congresso Nacional para votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do orçamento de 2016. Sen. Romero Jucá (PMDB-RR). Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados Gustavo Lima/Câmara dos Deputados Romero Jucá - Ag. Câmara

O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), cotado para o Ministério do Planejamento, afirmou que as prioridades do novo governo, assumido agora pelo vice-presidente Michel Temer, serão a coalizão política e a reestruturação econômica.

“A prioridade do novo governo é primeiro construir uma estabilidade política no Congresso para ancorar todo tipo de medida necessária para restabelecer o rumo do País. Segundo, é reorientar a economia”, afirmou.

Segundo o senador, isso será possível através da recuperação da credibilidade, da segurança jurídica e da capacidade do governo de retomar a previsibilidade da economia. “Precisamos que agentes externos e internos que possam voltar a investir no Brasil. É muito importante que o Brasil volte a ser um porto seguro para os investimentos”, diz Jucá.

Jucá também recorreu a analogias ao comparar o atual Brasil com o navio Titanic, justificando a assunção do vice-presidente Michel Temer ao Palácio do Planalto com o provável afastamento da petista.“Nós estamos trocando o comando para que o navio não afunde”, cravou, em pronunciamento no parlamento.

O senador também fez boa avaliação da votação desta terça-feiram (12), que afastou a presidente Dilma Rousseff por 55 votos a 22. “É um resultado significativo porque mostra uma estabilidade da posição do Senado. Para haver a cassação definitiva, é preciso ter 54 votos. Portanto, nós já alcançamos o quórum necessário para cassação, se ficarem confirmadas as denúncias.”

A partir de agora, a presidente fica afastada por até 180 dias, período em que a comissão do impeachment do Senado dá início aos trabalhos de investigação para verificar se a presidente cometeu, de fato, crime de responsabilidade. O julgamento final de Dilma é previsto para setembro.

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