Prisão temporária de hackers será prorrogada, dizem advogados
Os advogados dos quatro suspeitos de terem invadido celulares de pelo menos mil pessoas, entre as quais o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, foram avisados pela Polícia Federal que, entre esta sexta-feira (26) e sábado (27), será expedido a prorrogação da prisão temporária de todos eles.
A avaliação da PF, após ouvi-los, é de que se trata de um grupo “extremamente preparado e perigoso e que ainda não se esgotaram todas as suspeitas que ainda precisam ser sanadas pela PF”. O inquérito é mantido em sigilo e está sendo conduzido pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, que, em 2005 e 2006, presidiu o inquérito do mensalão.
Na tarde desta sexta-feira, o advogado Ariovaldo Moreira, que defende o DJ Gustavo Henrique Elias Santos e sua mulher, Suelen Priscila Oliveira, admitiu que não conseguirá soltar seus clientes e que vai entrar com pedido de revogação da prisão.
“Estou convicto da inocência dos meus clientes e que eles não se envolveram nessa empreitada criminosa”, afirmou. Foram presos também Walter Delgatti Neto e Danilo Marques.
Em depoimento divulgado nesta tarde, Delgatti detalhou às autoridades o caminho que fez até supostamente chegar a arquivos de Deltan Dallagnol — passando por invasões a celulares de promotores de Justiça, do deputado Kim Kataguiri, do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e do ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot.
Ele afirmou que conseguiu o número do jornalista Glenn Greenwald, dono do “The Intercept”, em conversa com Manuela D’Ávila (PCdoB), cujo contato encontrou, por sua vez, ao hackear a ex-presidente Dilma Rousseff.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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