Pró-reitor da PUC de SP sobre ex-aluno assassinado: ‘Precisa ver se houve legítima defesa’
Antônio Carlos Malheiros, pró-reitor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, disse que os responsáveis pela instituição estão “absolutamente consternados” com o crime ocorrido na noite desta quinta-feira (4) no campus da Consolação, em que um vigilante terceirizado esfaqueou e matou um ex-aluno. Malheiros afirmou ainda que será necessário apurar se houve conduta de legítima defesa por parte do suspeito.
“Parece que houve uma briga de um ex-aluno com um dos porteiros e daí acabou nessa tragédia toda. Nessa violência que cerca nossa cidade, cerca nosso país atualmente. É uma coisa trágica. Uma coisa que nos deixa profundamente entristecidos”, disse à Jovem Pan.
“Precisa verificar exatamente o que houve. Se a faca estava com ele, se ele foi buscar a faca, porque foi buscar a faca… o que exatamente aconteceu. Isso vai depender de uma apuração policial e de uma apuração que nós vamos fazer aqui”, completou. “O porteiro é de uma empresa terceirizada. Precisa ver se houve legítima defesa e o que levou esse porteiro a fazer uma coisa dessas.”
Testemunhas que estavam presentes no campus, localizado na Rua Marquês de Paranaguá, afirmaram que uma discussão começou quando o rapaz, um ex-aluno formado no ano passado, tentou entrar no prédio para usar o banheiro. O porteiro em questão não teria autorizado. O jovem, então, ainda segundo os relatos, foi pegar uma barra de ferro em sua moto, estacionada em frente, para agredir o homem e acabou sendo esfaqueado por ele.
De acordo com informações preliminares, o rapaz é identificado como Bruno Silva, um ex-aluno de Engenharia Civil que trabalha como entregador de pizza.
Procurada, a assessoria de imprensa da instituição disse, em nota, que “lamenta profundamente” o ocorrido e que “está colaborando com as autoridades para o esclarecimento das circunstâncias”.
“A PUC-SP lamenta profundamente o ocorrido entre um vigilante de uma empresa terceirizada e um ex-aluno, no campus Marquês de Paranaguá, na tarde desta quinta-feira (4/7). A instituição está tomando todas as providências cabíveis e, ao seu alcance, colaborando com as autoridades para o esclarecimento das circunstâncias referentes ao caso. Mais uma vez enfatizamos nosso compromisso com uma sociedade pacífica, pautada no diálogo e no respeito”, diz o comunicado.
O caso está sendo investigado pelo 4º D.P da Consolação.
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