‘Problema da corrupção é estrutural da política’, afirma procurador

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/08/2016 12h43
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CURITIBA, PR, 04.03.2016: OPERAÇÃO-LAVA JATO - Carlos Fernando dos Santos Lima - Coletiva de imprensa na Polícia Federal de Curitiba-PR, sobre a 24ª fase da Lava Jato denominada Aletheia, deflagrada na manhã desta sexta-feira (4) pela Polícia Federal, que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Participam da coletiva o Superintendente da Polícia Federal no Paraná Rosalvo Ferreira Franco, delegado da Operação Lava Jato Igor Romário de Paula e O auditor da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima. (Foto: Heuler Andrey/DiaEsportivo/Folhapress) Reprodução/PF Carlos Fernando dos Santos Lima

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Operação Lava Jato, disse nesta terça-feira, 2, que “o problema da corrupção não é partidário”. “O problema da corrupção é estrutural da política brasileira”, declarou Lima, em entrevista coletiva para revelar detalhes da Resta Um, 33.ª etapa da Lava Jato

A nova fase mira a empreiteira Queiroz Galvão e suposto repasse de R$ 10 milhões para o então presidente do PSDB, em 2009, senador Sérgio Guerra (morto em 2014), para abafar a CPI da Petrobras, na ocasião em curso no Congresso. “Temos fatos envolvendo campanhas do PT e também esse caso do PSDB, que era oposição”, disse Lima.

A Lava Jato mostrou em diversas fases pagamentos destinados ao PT. A Resta Um aponta para o repasse de R$ 10 milhões para o PSDB. “Isso nos mostra que o problema da corrupção não é partidário”, reforçou o procurador.

O nome Resta Um é uma referência ao avanço contra a última grande empreiteira do “clube VIP” do cartel que fatiava obras na Petrobras mediante o pagamento de propinas para agentes públicos e políticos. “Aprendemos na Lava Jato que existem contas correntes, os partidos têm contas correntes, as pessoas têm contas correntes que são pagas através de propinas”, disse o procurador.

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