Procon autua estabelecimento por preço abusivo no botijão de gás
Segundo o órgão, valor maior que R$ 70 ‘não será tolerado’
O Procon-SP autuou, na última sexta-feira (3), na Vila Curuçá Velha, São Miguel Paulista, carros de revendedores clandestinos que estavam vendendo botijão de gás de cozinha a um preço abusivo. De acordo o diretor executivo, Fernando Capez, “mais do que R$ 70 não será tolerado”.
“Vai ser feita a autuação e a empresa terá que justificar por que está cobrando mais”, afirma.
Durante a fiscalização na Vila Curuçá Velha, foram surpreendidos carros que pegavam, em uma distribuidora, botijões de gás que deveriam ser vendidos a população, para serem revendidos na rua a preço bem mais caro. Foram constatados indícios suficientes de um esquema entre a distribuidora e os veículos clandestinos.
O estabelecimento foi autuado e a polícia conduziu os responsáveis ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Também foi lavrado um auto de prisão em flagrante por crime contra a economia popular.
Álcool em gel
As equipes também estiveram no bairro Cumbica, em Guarulhos, para verificar uma denúncia de fabricação ilegal de álcool em gel.
Apesar de no rótulo haver a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), algumas unidades do produto foram apreendidas para perícia, já que o conteúdo pode não corresponder ao que está informado na embalagem. Neste caso, provavelmente será instaurado inquérito policial para apuração.
Sobre a operação
A operação é uma ação conjunta do Procon e do Dope por determinação do governador do Estado de São Paulo, João Doria, que exigiu combate implacável a práticas abusivas e aumentos de preço nesse momento, principalmente de botijão de gás de cozinha.
No que diz respeito ao álcool em gel e máscaras de proteção, o órgão vai atuar para coibir o preço acima de R$15 para o álcool de 500g e pacote de 100 máscaras acima de R$ 80. Também está apurando as fábricas que produzem álcool em gel falso e aquelas que estão sonegando matéria prima para fabricação do produto.
Os fornecedores de supermercados também poderão ser multados, processados e presos por crime contra a economia popular caso se confirmem as denúncias de que aumentaram em 70% o preço de arroz, feijão, óleo, leite, carne etc.
“Em época de coronavírus não existe tabelamento, mas elevar o preço em relação ao que era praticado antes da pandemia sem justa causa é crime contra a economia popular e infração gravíssima contra os direitos do consumidor”, conclui Fernando Capez.
A Polícia Civil por meio do Dope estará circulando por São Paulo, juntamente com os fiscais do Procon-SP.
Denúncias
Apenas no período da quarentena, já foram registradas 194 denúncias online contra preços abusivos do botijão de gás, nas redes sociais, aplicativo e site do Procon.
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