Procurador é preso na Lava Jato do RJ por receber propina da Odebrecht

Renan Saad é suspeito de receber R$ 1,265 milhão em propinas da Odebrecht para mudar o traçado da expansão do metrô do Rio

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2019 09h02 - Atualizado em 01/07/2019 09h07
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Estadão Conteúdo O procurador Renan Saad foi preso em casa, em São Conrado, na Zona Sul da cidade, na manhã desta segunda-feira (1º)

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta segunda-feira (1°), o procurador do estado Renan Saad, segundo o portal de notícias G1. Ele é suspeito de receber R$ 1,2 milhão em propinas da Odebrecht para mudar o traçado da expansão do metrô do Rio.

Saad foi preso em casa, em São Conrado, na Zona Sul da cidade. As alterações avalizadas por ele, de acordo com a força-tarefa, encareceram em mais de 11 vezes o valor da obra. Em 1998, o projeto foi orçado em R$ 880 milhões, mas o preço final da Linha 4 custou aos cofres públicos R$ 9,6 bilhões.

A Linha 4 do metrô liga a Zona Sul à Barra, na Zona Oeste, e foi entregue para os Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com a acusação, as mudanças sustentadas pelo parecer de Saad autorizaram o estado a custear as obras sob os bairros de Ipanema e Leblon, o que obrigaria nova metodologia.

Os pagamentos foram operacionalizados por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, sistema usado pela empreiteira para repassar propinas a políticos.

Os repasses a Gordinho, como Saad era identificado no sistema, ocorreram entre 2010 e 2014, segundo aponta a força-tarefa. Um desses pagamentos, de R$ 100 mil, foi entregue no escritório de advocacia do procurador.

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