Professor da Unicamp recebe mensagem com ataques: ‘Lugar de preto e viado não é em sala de aula’
Um professor de Língua Portuguesa do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, denunciou um ataque racista e homofóbico que sofreu recentemente em seu ambiente de trabalho. De acordo com ele, encontrou uma mensagem dentro de seu armário que dizia: “Caro professor, fica a dica: você é preto e viado, seu lugar não é na sala de aula”.
E ao que tudo indica isso não é novidade por lá. Segundo relatos de estudantes feitos nas redes sociais, o docente tem recebido esse tipo de ofensa já há algumas semanas.
Em nota, a instituição afirmou que abriu uma investigação interna. “Atos dessa natureza são incompatíveis e absolutamente inaceitáveis no âmbito de uma comunidade que preza pela democracia, a diversidade e a convivência respeitosa entre seus integrantes”, alegou.
Confira aqui a íntegra do comunicado:
Nota de repúdio às ofensas racistas e homofóbicas no Cotuca
A Reitoria da Unicamp condena com veemência a mensagem com ofensas racistas e homofóbicas deixada no escaninho de um professor do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca) nesta quarta-feira (19).
Atos dessa natureza são incompatíveis e absolutamente inaceitáveis no âmbito de uma comunidade que preza pela democracia, a diversidade e a convivência respeitosa entre seus integrantes.
A Reitoria da Unicamp e a Direção do Cotuca tomarão todas as providências para apurar o fato, identificar o autor desse ato deplorável e aplicar as medidas cabíveis.
A Direção do Cotuca determinou a abertura de sindicância interna e um boletim de ocorrência será registrado pelo professor vítima das ofensas.
Ainda na quarta-feira (19), a Direção do Cotuca manifestou integral solidariedade ao professor, reiterando os esforços para uma convivência que respeite a pluralidade e a diversidade em todos os aspectos.
Em sua manifestação, a Direção do Cotuca também esclarece que, a partir desse lamentável caso, um conjunto de ações de formação será intensificado pela Comissão Cidadã do Colégio, que conta com participação dos alunos, funcionários e professores.
Já nesta quinta-feira (20) foi agendada uma reunião emergencial com a Comissão Cidadã, Grêmio e Coletivos para definição de ações educativas, envolvendo toda a comunidade bem como as estratégias para a Escola Aberta, trazendo claramente a posição institucional contra toda sorte de discriminação e desrespeito aos Direitos Humanos.
Secretaria de Comunicação da Unicamp
*Com informações do Estadão Conteúdo
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