Professora que colocou aluno dentro de saco de lixo em SP nega castigo e fala em “brincadeira”
Em depoimento à Polícia Civil, a professora Silma Lopes de Oliveira afirmou que os vídeos em que aparece colocando alunos dentro de sacos de lixo foram editados e que fez isso apenas uma vez ao brincar com eles após a leitura de um livro sobre o assunto.
A professora negou ainda que sua atitude tenha sido uma forma de castigo ou um “método pedagógico”.
O delegado Eduardo Lopes Bonfim, chefe da investigação em Restinga (SP), afirmou que irá analisar o conteúdo da obra literária citada pela professora para verificar se realmente existe uma conexão entre o ato e a leitura do livro.
Silma ainda negou ter orientado a suas estagiárias a colocarem os alunos dentro de sacos de lixo e disse que nunca ameaçou demiti-las se o episódio vazasse.
Também prestou depoimento nesta quarta-feira (13), a professora substituta que presenciou as punições aplicadas por Silma. Priscila Melo afirmou que estava na sala apenas para desenvolver um trabalho musical.
As duas professoras foram as últimas a prestar depoimento e agora, segundo o delegado responsável pela investigação, serão confrontados os conteúdos de relatos dos envolvidos. Priscila não deverá ser responsabilizada pelo crime.
A defesa da professora Silma criticou a investigação e disse que as imagens divulgadas foram editadas.
O caso
A Polícia Civil de Restinga, na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, investiga desde setembro a denúncia contra uma professora que supostamente amarrava seus alunos, com idades entre 3 e 5 anos, em sacos de lixo, em uma creche municipal daquela localidade.
A denúncia foi feita por duas mães de alunos, diante da recusa das crianças em ir para a escola.
A novidade é que os investigadores tiveram acesso a imagens do circuito de segurança da creche Célia Teixeira Ferracioli e as imagens comprovam a denúncia.
É possível ver nas gravações que a professora do ensino infantil amarra crianças em sacos de lixo como castigo pelo comportamento delas na aula.
Nas imagens, uma das estagiárias tenta colocar o saco no corpo das crianças.
Em outro vídeo, a professora aparece colocando um aluno dentro do saco enquanto é observada pela substituta.
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