Programa “Os Dois Lados da Moeda” comenta que o Brasil está “esperando Janot”

  • Por Jovem Pan
  • 27/02/2015 16h46
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Procurador-geral da República Rodrigo Janot deve divulgar lista com nomes de políticos a serem investigados por possível envolvimento nos escândalos da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato

Antônio Cruz/ Agência Brasil Procurador-geral da República Rodrigo Janot deve divulgar lista com nomes de políticos a serem investigados - Petrobras

Marco Antonio Villa e Mauro Motoryn debatem no programa desta sexta a espera que o Brasil tem pela lista de políticos envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato que será divulgada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.

Em referênciaà peça de Samuel Beckett “Esperando Godot, o tema é “Esperando Janot”.

Villa lembra que “a lista seria divulgada para investigação até depois do carnaval”, ainda em fevereiro, mas foi postergada e agora ficará para a semana que vem, já março.

Para o historiador, a demora é suspeita. Ele lembra que Janot disse ter “passado a régua” e verificado que Lula e Dilma não estavam na lista. Villa entende que não é função do procurador estar satisfeito com nada, já que “todos são iguais perante a lei”.

“A impressão que se dá é que está tendo um jogo”, considera. Villa entende que Janot colocará um “grande nome da oposição” na lista e não indicia-lo-á. “Há uma jogada política por trás”, suspeita.

Motoryn, por outro lado, sugere ironicamente que Janot ligue para Villa consultar quem pode ou não estar na lista.

Para ele, “o medo se espalha pela esplanada” e é apartidário, “não só do PT ou do PSDB”. Motoryn entende que o foco não deve ser apenas de denúncias, mas de propostas para o país, o que sente estar faltando. E cita como exemplo “o programa (televisivo) do PMDB vazio de ideias, vazio de conteúdo e vazio de esperanças para o Brasil”.

“Você (Villa), alguns colunistas e a mídia colaboram para a violência nas manifestações”, aponta Motoryn, com “comentários de uma forma extremamente intensa” chamando Lula de “chefe da quadrilha”, por exemplo.

“Quem está incitando a violência é o presidente Lula”, respondeu Villa, “que chamou o MST de exército e falou que vai colocar o exército na rua”. Villa avalia que “a Justiça brasileira tem o histórico de não ser justa”.

“Eu quero o cumprimento da lei, da ordem e da Constituição”, conclui.

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