Programa “Os Dois Lados da Moeda” discute depoimentos na CPI da Petrobras
Marco Antonio Villa e Mauro Motoryn debateram os depoimentos desta quinta (12) à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli deram suas versões dos desvios investigados.
Villa diz sobre a participação de Cunha, muito elogiado por seus colegas deputados: “O depoimento era muito mais uma defesa política do presidente da Câmara, em que praticamente se acusou o ministério público de ter produzido uma lista”.
“O que interessava era o depoimento de Gabrielli”, afirma Villa, com o qual ficou “estarrecido”. “Como é possível, com todo aquele escândalo de corrupção, dizer que não havia mecanismos para constatar”, questionou. “Provavelmente Renato Duque vai desmentir na próxima quinta o ex-presidente da Petrobras”, espera o comentarista.
Já para Motoryn, houve um depoimento “baba-ovo e um baba-raiva”. “Todos o (Eduardo Cunha) estavam protegendo”, avaliou. “Foi uma atitude lamentável”.
O comentarista, no entanto, concorda com Gabrielli e avaliou que “não existe dentro da Petrobras mecanismos de governança corporativa para dar ao alto escalão tranquilidade de acompanhar o que acontece embaixo”. Ele argumenta “Não tinha desde 1997 (quando o ex-gerente Pedro Barusco diz ter começado a desviar dinheiro), acho que existe uma falha estrutural da Petrobras, que tem que ser mudada, tem que mudar a governança”, propôs.
“Vamos aguardar, ninguém foi indiciado, nem o eduardo cunha, nem o renan”, disse. “Se crimes foram cometidos, (os envolvidos) têm ser julgados e condenados à medida que se apresentem as provas”.
Por fim, ele pede tranquilidade nos protestos marcados para esta sexta e domingo: “Manifestem-se pacificamente”.
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