Programa “Os Dois Lados da Moeda” fala sobre mais uma semana de crise da economia brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2015 10h37
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Ministro da Fazenda Joaquim Levy e presidente Dilma Rousseff se cumprimentam durante lançamento do programa Bem Mais Simples

EFE Ministro da Fazenda Joaquim Levy e presidente Dilma Rousseff se cumprimentam durante lançamento do programa Bem Mais Simples

Marco Antonio Villa e Mauro Motoryn debatem a situação da economia brasileira, bem como as dificuldades de implementação do ajuste fiscal.

Villa lembra que o PIB deste ano tende à recessão, que a inflação está acima do teto da meta, que a taxa de desemprego aumentou, o dólar manteve-ve se estável, mas corre com valor muito acima de um mês atrás e as taxas do cheque especial dispararam.

Motoryn entende que a situação “tende a piorar, principalmente se o pacote do ajuste não for aprovado”. Ele analisa, porém, que as medidas fiscais dependem de negociação do governo, em relação às dívodas dos estados e com a classe trabalhadora, para chegar aos R$ 20 bilhões projetados de economia. “Joaquim Levy (ministro da Fazenda) passou a ser o principal articulador da sobrevivência desse governo”, com um papel que transcende a economia, disse. “Se a economia não tomar um rumo, teremos problemas políticos sérios”, cogitou.

Marco Antonio Villa entende que o fato de o pacote fiscal não ser aprovado da maneira que o governo enviou é positivo, uma vez que mostra a autonomia do legislativo em relação ao Executivo. Ele ressalta, entretanto, o “lado político das medidas econômicas”, que é a sinalização do PMDB de que nada passa sem a aprovação da sigla, especialmente Calheiros e Cunha.

Villa entende que “Levy vai pedir o chapéu e ir embora”. “Ele sabe que o cenário é de agravamento da crise política, da crise ética e da crise econômica, e vai recair sobre ele”, avaliou. “Joauim Levy é um tecnocrata, não é um político”, disse.

Motoryn, por sua vez, dez uma “chamada republicana aos três mosqueteiros: Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Michel Temer, que têm na mão o controle sobre tudo o que vier a acontecer de bem ou de mal no país”. “Os três estão governando”, disse. “Se eles não tiverem uma atitude republicana, não acontecerá o ressurgimento do PMDB, é a morte de um processo democrático que tem que ter independência dos poderes”, considerou. “Ninguém consegue dizer em sã consciência qual é o jogo do PMDB.”

Ouça os dois lados da moeda no áudio acima.

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