Promotores negam que denúncia contra Lula tenha motivação política

  • Por Jovem Pan com Agência Estado
  • 10/03/2016 16h46
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EFE EFE - Fotos Lula Luiz Inácio Lula da Silva ex-presidente

Os promotores José Carlos Blat, Cassio Conserino e Fernando Henrique Moraes de Araújo negaram, em coletiva realizada nesta quinta-feira (10), que a denúncia contra Lula tenha motivação política.

De acordo com Blat, a denúncia contra o ex-presidente em relação ao triplex no Guarujá deveria ter sido protocolada antes, porém, por conta de medidas protelatórias da defesa dos acusados, foi feita apenas nesta quarta-feira (09).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado criminalmente pelo Ministério Público de São Paulo, nesta quarta-feira (9), pelo promotor Cássio Conserino. A mulher do petista, Marisa Letícia, também foi envolvida no caso do tríplex 164-A, no Condomínio Solaris, no Guarujá.

A denúncia foi protocolada na Justiça, em São Paulo, nesta quarta-feira, 09. A Promotoria sustenta que o petista cometeu crime de lavagem de dinheiro ao supostamente ocultar a propriedade do imóvel – oficialmente registrado em nome da empreiteira OAS.

O filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luiz Lula da Silva (Lulinha), o ex-tesoureiro do PT João Vaccari e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro também foram denunciados pelo MP paulista.

No total são 16 acusados, entre executivos e funcionários da OAS e ex-integrantes da Bancoop. Caso a acusação contra Lula seja aceita pela Justiça, o ex-presidente passará a ser réu em ação criminal.

A lavagem de dinheiro, crime pelo qual Lula é acusado, é punida com pena de três a dez anos de prisão e multa; falsidade ideológica, de um a cinco anos de prisão.

A defesa do ex-presidente alegou, no entanto, que os promotores já prejulgaram o caso, porque já tinha anunciado no início do ano que o denunciariam, mesmo sem ter terminado a apuração dos fatos.

Além de Leo Pinheiro, um dos sócios da OAS que foi denunciado por lavagem de dinheiro, e foi condenado a 16 anos de prisão na Lava Jato, foi denunciado o engenheiro da OAS, Igor Pontes, que coordenou a reforma do triplex.

Os promotores alegaram ter escutado mais de cem pessoas nas investigações sobre o caso.

*Com informações de Agência Estado

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