Protestos em Hong Kong deixam 25 feridos na noite de Natal

  • Por Jovem Pan
  • 25/12/2019 15h32
EFE/Fazry Ismail protestos-em-hong-kong protestos em hong kong terminam em violencia entre a policia e manifestantes. EFE/Fazry Ismail

Apesar do mês de dezembro ter começado mais pacífico em Hong Kong, após candidatos pró-democracia obterem vitória nas eleições locais de novembro, cerca de 25 pessoas ficaram feridas na noite de Natal devido aos protestos. A chefe do Executivo da ex-colônia britânica, Carrie Lam, disse que muitos turistas e cidadãos ficaram decepcionados por ter “a noite de Natal arruinada por um grupo de desordeiros descuidados e egoístas”.

Segundo ela, o governo fará o possível para manter a lei e a ordem e restaurar a paz em Hong Kong. “Tais atos ilegais não só acabaram com o clima festivo como também afetou o comércio legal ”

Manifestantes antigoverno marcharam nesta terça-feira (24) e quarta (25) vestidos de preto e usando máscaras. Os protestos foram convocados pelas redes sociais e as mobilizações tiveram a adesão principalmente das áreas comerciais.

Pessoas cantavam slogans pró-democracia como “Libertem Hong Kong” e “A revolução da nossa época”. A polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo para dispersar as multidões.

Uma autoridade da área da saúde informou que 25 pessoas ficaram feridas ao longo da noite. Entre elas, um homem que caiu do segundo andar de um shopping enquanto tentava fugir da polícia.

“Os confrontos são esperados, não interessa que seja Natal”, disse à Reuters Chan, um dono de restaurante de 28 anos que participou. “Estou desapontado que o governo não responda a nenhuma de nossas exigências.”

A polícia considerou que a reação às mobilizações foi “controlada”.

Os protestos já duram seis meses, e são a pior crise da ex-colônia britânica. O movimento, que começou contra uma lei extinta que pretendia permitir a extradição de pessoas para a China territorial, impacta a economia e o turismo de Hong Kong. O território entrou em recessão no terceiro trimestre, com uma redução no Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2%.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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