Próximo presidente do STF, Toffoli julgará prisão em 2ª instância só em março
Como é o membro mais antigo da Corte que ainda não exerceu a função, Dias Toffoli assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) assim que o mandato de dois anos de Carmen Lúcia acabar, dia 13 de setembro. O futuro presidente tem comentado que estuda pautar, somente a partir de março, o julgamento sobre a possibilidade de prisão após condenação em 2ª instância.
Toffoli pretende aguardar ao menos um ano para julgar a possibilidade novamente, já que em abril deste ano, a Corte analisou um pedido de habeas corpus preventivo pela defesa do ex-presidente Lula contra a prisão dele após condenação em segunda instância.
Nas últimas semanas, o ministro tem organizado a equipe que vai acompanhar o mandato dele na Corte. De acordo com um interlocutor, Toffoli montou “um time de craques” para ajudá-lo nos próximo dois anos em que ele estará no comando do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O futuro presidente já ensaia o que vai falar no dia da posse. Toffoli quer levar o discurso para a harmonia entre os três poderes e para o resgate do país.
Segundo alguns colegas do ministro, Toffoli tem perfil habilidoso e interlocução com todos os poderes. Outra coisa que chama a atenção é a proximidade das Forças Armadas: recentemente procurou o comandante do Exército, General Villas Bôas, para pedir uma indicação de uma pessoa para assessoria pessoal do ministro. O general acatou o pedido e indicou um nome de sua confiança para assessorar Toffoli.
O ministro, quando estava na Advocacia-Geral da União, já havia escalado um nome das Forças Armadas para ser secretário do órgão.
As informações são da jornalista Andréia Sadi.
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