PSB e PSDB já disputam sucessão em SP

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/11/2016 08h45
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São Paulo - O governador Geraldo Alckmin fala sobre acordos de cooperação técnica para as ações de segurança e defesa nacional durante as Olimpíadas e passagem da tocha olímpica pelo estado de São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Geraldo Alckmin

A dois anos da disputa presidencial de 2018, o PSDB paulista e o PSB, que ensaiam aliança para lançar Geraldo Alckmin ao Palácio do Planalto, já enfrentam a primeira crise. Tucanos reagiram à decisão de lideranças do PSB de condicionar o acordo com o governador ao apoio do PSDB a uma eventual candidatura de seu vice, Márcio França (PSB), ao Bandeirantes. 

“Não existe a menor chance de o PSDB não lançar candidato próprio a governador em 2018. Eu garanto isso. A proposta do governador de Pernambuco está fora da realidade”, disse ao Estadão o deputado estadual Pedro Tobias, presidente do Diretório Estadual do PSDB. 

A insatisfação ganhou contorno público após o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), dizer ao Estadão que tem a “expectativa” de lançar França com apoio de Alckmin.

O assunto também foi o ponto alto de uma reunião na segunda-feira. Na ocasião, o prefeito eleito de São Bernardo, Orlando Morando, fez discurso exaltado no qual afirmou que o partido “não pode deixar nenhuma dúvida” sobre a candidatura. 

Fortalecido com a vitória de João Doria na capital e o bom desempenho do PSDB no Estado, Alckmin antecipou seus movimentos para se cacifar como presidenciável. Parte da estratégia é construir um arco de alianças. Nesse cenário, o PSB foi a primeira sigla a se alinhar com o tucano, que foi até convidado a migrar para o partido.

Para dirigentes pessebistas, no entanto, o casamento passa necessariamente pelo acordo com França. 

“Uma aliança com o PSDB é uma possibilidade que não pode definitivamente descartar. Concordo também que o nosso projeto seguro hoje é, além de reeleger os governadores atuais, ter São Paulo como prioridade”, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. “O próprio Márcio é defensor de uma relação nacional com o PSDB em 2018. Ele defende isso abertamente”, disse o secretário-geral da legenda, José Renato Casagrande. 

Opção Covas

Apesar da movimentação a favor de França, tucanos paulistas já ventilam um nome para a sucessão no Bandeirantes: o deputado e vice-prefeito eleito Bruno Covas. “O PSDB tem muitos nomes bons. Precisamos de gente nova e renovação”, disse Tobias sobre Covas, que será secretário de Prefeituras Regionais de Doria. 

Procurado pela reportagem, França minimizou a polêmica: “A prioridade é o Alckmin. Todo o resto é secundário”.

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