PSDB não pleiteia nada, porque cargo de presidente não está vago, diz líder
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), negou que o partido esteja articulando algum nome para suceder o presidente Michel Temer na Presidência em caso de vacância do cargo, seja por decisão de cassação da chapa no TSE ou por eventual renúncia.
“O PSDB não apresentou nenhum nome, não está pleiteando qualquer coisa, porque ainda temos o presidente Temer como titular. Não estamos torcendo e nem desejando a saída do presidente do cargo”, disse.
O senador destacou ainda que enquanto o presidente da República mantiver o plano de recuperação econômica, saneamento do Governo e mantiver a administração pública, ele terá o apoio do partido tucano.
Mas Bauer ressaltou: “PSDB não apoia o Governo, ou o presidente. PSDB apoia o Brasil. Não estamos conversando por posição em eleição indireta, que sequer está colocada”.
Em caso de vacância do cargo, o PSDB discutiria a sucessão de Temer, mas Paulo Bauer reiterou: “mas só se houver a vacância do cargo, por enquanto não se cogita isso”.
“É sempre um “se”, e se for assim, não podemos discutir, porque o cargo de presidente não está vago para que se façam negociações ou entendimentos. O que tem sido feitas são especulações”, disse.
Reforma trabalhista na CAE
O projeto de reforma trabalhista deve ser votado nesta terça-feira (30) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado após ter sido dado como lido na última semana.
Paulo Bauer reafirma que o Brasil tem pressa e que as reformas não podem ser paralisadas por conta da crise política. “Questões colocadas publicamente e na Justiça geram crise e transferem toda essa preocupação para o ambiente do congresso nacional. Tenho certeza que senadores e deputados tem responsa grande na condução destes assuntos, porque precisamos dar sequência ao plano traçado e em grande parte executado de dar ao brasil um novo momento”.
O senador endossou o discurso do Governo de que a reforma não tira direitos dos trabalhadores e que os manifestantes em Brasília, que depredaram prédios públicos contra as reformas, verão que ela é benéfica.
“Na hora em que votarmos a reforma trabalhista e trabalhadores ficarem informados de que não foi retirado nenhum direito, tenho certeza que os brasileiros vão estar verificando o quanto foi positiva essa reforma. Os sindicatos se sentiram prejudicados [pela votação do fim da contribuição sindical obrigatória], mas com o tempo terão mais importância, quando terão arrecadação fruto da manifestação voluntária e espontânea dos trabalhadores”, explicou.
Paulo Bauer disse acreditar ainda que a extinção da cobrança da contribuição sindical obrigatória deverá ser convalidada no Senado.
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