PTB fala em racha na base após eleição da Câmara

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/01/2017 09h03
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BOG500.- BOGOTÁ (COLOMBIA), 20/01/2018.- Fotografía de archivo del 27 de noviembre de 2016 del presidente de la Cámara de Diputados de Brasil, Rodrigo Maia, en Brasilia. Un juez federal decidió hoy, viernes 20 de enero de 2017, impedir la reelección Maia, que tenía la intención de presentar su candidatura para volver a optar al puesto que ocupa desde el pasado 13 de julio. EFE/ARCHIVO/Joédson Alves EFE/arquivo/Joédson Alves Rodrigo Maia - EFE

A preferência do Palácio do Planalto pela reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), provocou mal-estar no grupo ligado ao deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que também está na disputa. Aliados do líder do PTB não descartam que a vitória de Maia possa causar um racha na base aliada e trazer problemas para o presidente Michel Temer.

A estratégia do atual presidente da Casa para pavimentar a sua recondução ao cargo contou com o apoio o Planalto e teve como um dos pilares fechar alianças com partidos que faziam parte do chamado Centrão, grupo de 13 partidos que ganhou força durante a presidência do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Nas últimas semanas, cinco partidos do grupo – PSD, PP, PR, PRB e PSL – declararam que vão apoiar a reeleição de Maia. Sem o aval da sua legenda, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) decidiu suspender a sua candidatura na semana passada.

Diante da debandada dos partidos do Centrão, Jovair pediu uma reunião com Temer para reclamar da atuação de ministros a favor de Maia. No encontro, avisou ao presidente que não estava “satisfeito” com o tratamento que estava recebendo do Planalto.

Aliados de Jovair também disseram a Temer que ele deveria pensar “lá na frente”, no “day after” da eleição, quando o governo iria precisar do apoio de todos os integrantes da base para aprovar medidas importantes na Câmara, como a reforma da Previdência.

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, que ficou conhecido como delator do esquema do mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também se queixou da situação ao Estado. “Você perder uma eleição disputando com justiça, tudo bem. Você perder uma eleição quando o governo opera contra você, aí complica, aí te fere, aí te magoa”, afirmou.

Apesar dos recados do grupo de Jovair, assessores palacianos descartam a possibilidade de haver uma racha na base. Pelas contas do governo, o líder do PTB não terá mais que 100 votos na disputa, e tanto o PTB quanto as outras legendas que o apoiaram poderão ser “recompensadas” de outras maneiras. 

Há ainda quem acredite que, diante da derrota iminente, Jovair reavalie o cenário e abra mão da disputa. O deputado goiano, porém, afirma que irá manter a sua candidatura até o fim. A eleição está marcada para a próxima quinta-feira, 2.

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AúdioJovem Pan NewsSão Paulo - SP

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