“QG do golpe”, picham manifestantes em frente à casa de Michel Temer

  • Por Jovem Pan
  • 21/04/2016 10h27
Anderson Costa/ Jovem Pan Cerca de 40 manifestantes em frente à casa de Michel Temer

Terminou antes das 9h desta quinta-feira (21) uma manifestação contra o vice-presidente da República Michel Temer, em frente a sua casa na região do Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

Aos gritos de “Temer golpista”, cerca de 40 manifestantes chegaram ao local em uma van e um ônibus fretado. Eles picharam o asfalto com os dizeres “QG do golpe”, em alusão a visitas que Michel Temer tem recebido de políticos desde a última semana para articular sua equipe ministerial na eventualidade de Dilma ser impichada e ele assumir a Presidência.

Eles também levaram cartazes e deixaram no gramado em frente ao portão da casa de Temer impressos que representavam a Constituição. Um dos participantes do ato, que vestia máscara do vice, rasgou um desses papéis com a imagem da Lei maior do País.

O ato foi organizada pelo “Levante Popular da Juventude”, que congrega grupos de esquerda. A juventude do PT, MST, UNE (União Nacional dos Estudantes), entre outros, também estiveram presentes.

A assessoria de Temer diz que não há previsões de mais reuniões no local nesta quinta (21). Mas há a expectativa de que alguma liderança do PMDB compareça ao local.

Reuniões

Na quarta (20), o vice-presidente continuou recebendo aliados em São Paulo para reuniões a portas fechadas sem ninguém dizer muito sobre os encontros. Os ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima, além do presidente do PMDB, senador Romero Jucá, foram ao escritório de Temer, que é próximo a sua casa em São Paulo.

Jucá admitiu que o vice-presidente já está montando o ministério caso a presidente Dilma Rousseff seja efetivamente afastada: “É uma espera silenciosa da manifestação. Não é uma espera paralisante, ele está atuando, com a experiência que ele tem, com a bagagem, com a condição de jurista que tem, ele sabe seus limites, portanto ele vai pensar, vai conversar, vai ouvir, vai raciocinar, mas só vai divulgar alguma coisa quando juridicamente puder fazer isso, ou seja , depois da manifestação do Senado da República”.

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