“Qualquer um pode apontar que há irregularidades em campanha”, diz Mendes
Gilmar Mendes evitou politização e disse que qualquer um pode apontar irregularidades em campanhas como fez o PSDB. O ministro do Supremo Tribunal Federal concedeu palestra na manhã desta segunda-feira (29) em faculdade particular na região central de São Paulo.
Na sexta-feira (26), o magistrado, que é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, pediu a apuração de sete pagamentos feitos a empresas pela campanha de Dilma Rousseff.
Mendes atendeu a um pedido do PSDB, mas em entrevista coletiva disse que qualquer um pode apontar eventuais irregularidades. “Nós já tínhamos pedido a investigação em relação a algumas empresas, gráficas que tinham sido apontadas como deficitárias, empresas irregulares pelas próprias pessoas, pela imprensa. Qualquer um pode apontar que há alguma irregularidade na campanha”, afirmou.
O ministro do Supremo também falou sobre uma eventual saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça.
O magistrado afirmou que se alguém tem como objetivo enfraquecer a Lava Jato com isso faz uma manobra equivocada. “Eu posso dizer que tenho bom relacionamento com o ministro da Justiça, uma pessoa muito qualificada, mas não sei as razões, se de fato está saindo porque se pretende dar novos rumos às investigações isso está equivocado. Até porque o ministro da Justiça não tem como interferir nas investigações. Uma posição equivocada não vai produzir resultado”, explicou.
O ministro foi perguntado sobre a decisão da corte desta quarta-feira (02) que define se o STF aceita ou não pedido de investigação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Gilmar Mendes preferiu não antecipar posição, dizendo que aguarda a posição do relator e que o caso vai ser tratado com o rigor necessário.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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