‘Quando atiram pedras, eu jogo flores’, diz Kassab sobre críticas de Haddad

  • Por Estadão Conteúdo
  • 26/07/2016 12h58
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Brasília - O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, participa da campanha “Stop the Crash”, da Global NCAP (Elza Fiuza/Agência Brasil) Elza Fiuza/Agência Brasil Gilberto Kassab

Presidente licenciado do PSD, o ministro Gilberto Kassab comentou, nesta terça-feira, 26, as críticas feitas pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e disse que participará da campanha eleitoral na capital paulista lembrando “o seu legado”. 

“Na campanha eu sou muito propositivo, eu sou uma pessoa que, quando atiram pedras, eu jogo flores”, disse, após reunião com o presidente em exercício Michel Temer no Palácio do Planalto. “No momento adequado, nas minhas manifestações vou lembrar o que fiz, o Haddad vai lembrar o que fez e acredito que o eleitor vai querer identificar quem é o melhor gestor da cidade”, afirmou. 

Candidato à reeleição, Haddad escolheu o seu antecessor no cargo como o alvo das críticas feitas durante sabatina realizada hoje pelo Portal UOL, o jornal Folha de S.Paulo e o SBT. 

Haddad afirmou que os motivos para sua baixa popularidade foram o fato de o debate político do País ter se nacionalizado nos últimos quatro anos e ainda porque não teve oportunidade de se comunicar, já que direcionou parte da verba de publicidade para investimentos na cidade. “O Kassab gastou quase R$ 1 bilhão com publicidade e no meu mandato vou cortar quase 50%, com a economia de R$ 400 milhões”, acusou Haddad. 

Aliança em SP.

Mesmo com o anúncio da aliança entre a candidata Marta Suplicy, do PDMB, e Andrea Matarazzo, do PSD, para a disputa da prefeitura da capital paulista, Kassab preferiu cautela no seu discurso e disse que ainda não havia decisão da possível chapa e que Matarazzo seria o responsável pela definição.

Questionado sobre as incoerências de estar ao lado de sua ex-adversária política, Kassab afirmou que é claro que há divergências, se não eles estariam no mesmo partido, mas disse que em uma aliança “você pega os pontos em comum”. “Marta, como prefeita, fez o bilhete único, foi um dos grandes pontos de sua gestão, e nós ampliamos o bilhete único”, exemplificou. 

O ministro negou que tenha conversado nos últimos dias com o presidente Michel Temer sobre a aliança em São Paulo, mas disse que é evidente que o fato deles serem presidentes licenciados dos partidos e terem uma boa relação ajuda na composição da chapa. “Evidente que ajuda sim, eu não falei com ele sobre essa questão, pelo menos nos últimos dias, mas tenho certeza que, caso aconteça essa aliança, ele ficará feliz”, disse. 

Sem saber da oficialização da chapa que ocorreu nesta manhã, Kassab disse ainda que torcia para que a decisão sobre a chapa saísse logo. “E qualquer que seja a decisão terá meu apoio e meu respeito. Se tiver a aliança, São Paulo terá uma chapa com duas pessoas bem preparadas”.

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