Quarentena em SP preserva 74% da economia; 80 atividades funcionam normalmente

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2020 13h44 - Atualizado em 11/05/2020 13h49
EFE/ Fernando Villar O plano de retomada do governo estadual prevê uma flexibilização em 4 fases, sendo que os setores de Transporte e Educação seguirão intensidades diferentes

O Governo do Estado de São Paulo apresentou, nesta segunda-feira (11), os números relacionados aos setores que não pararam durante o isolamento decretado pelo governador João Doria.

De acordo com ele, nas três quarentenas que entraram em vigor em São Paulo nunca houve restrição proibitiva de setores como a construção civil, por exemplo.

Ele ainda ressaltou que este setor está não apenas respeitando as regras mais rigorosas como também estendendo as medidas protetivas para as famílias dos funcionários.

A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, citou outros dos 80 setores que funcionam normalmente desde março: Abastecimento, Alimentação, Comunicação Social, Hotéis, Manutenção e Oficinas, Petróleo e Gás, Indústria, Segurança Privada, Serviços Domésticos, Energia, e mais.

Segundo ela, os pré-requisitos para a retomada gradual dos outros setores, são: uma taxa de isolamento social acima de 55%, a redução sustentada do número dos casos da covid-19 por pelo menos 14 dias e a taxa de ocupação das UTIs inferior a 60%.

O plano de retomada do governo estadual prevê uma flexibilização em 4 fases, sendo que os setores de Transporte e Educação seguirão intensidades diferentes.

De acordo com ela, independentemente do que funciona agora, o Estado está com os olhares voltados para a vulnerabilidade econômica de determinados setores mais impactados, como eventos e comércio.

PIB e arrecadação do ICMS

O secretário estadual da Fazenda, Henrique Meirelles, expôs alguns dados sobre os setores. Segundo ele, 74% das empresas abertas funcionam de forma normal e os outros 26% funcionam com restrições.

Meirelles ainda falou sobre a arrecadação do ICMS, que caiu 19% em abril — de R$ 13.733 para R$ 11.061. Estão previstas ainda quedas maiores em junho e julho, com impacto proporcional no PIB.

Henrique Meirelles explicou que os efeitos vistos nos setores que não possuem restrições são sistêmicos. Ou seja, 73% da perda de PIB em São Paulo corresponde aos efeitos da pandemia — não da quarentena. Então, menos de 27% da PIB tem impacto do isolamento social implantado pelo governo estadual.

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