Quarentena em SP preserva 74% da economia; 80 atividades funcionam normalmente
O Governo do Estado de São Paulo apresentou, nesta segunda-feira (11), os números relacionados aos setores que não pararam durante o isolamento decretado pelo governador João Doria.
De acordo com ele, nas três quarentenas que entraram em vigor em São Paulo nunca houve restrição proibitiva de setores como a construção civil, por exemplo.
Ele ainda ressaltou que este setor está não apenas respeitando as regras mais rigorosas como também estendendo as medidas protetivas para as famílias dos funcionários.
A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, citou outros dos 80 setores que funcionam normalmente desde março: Abastecimento, Alimentação, Comunicação Social, Hotéis, Manutenção e Oficinas, Petróleo e Gás, Indústria, Segurança Privada, Serviços Domésticos, Energia, e mais.
Segundo ela, os pré-requisitos para a retomada gradual dos outros setores, são: uma taxa de isolamento social acima de 55%, a redução sustentada do número dos casos da covid-19 por pelo menos 14 dias e a taxa de ocupação das UTIs inferior a 60%.
O plano de retomada do governo estadual prevê uma flexibilização em 4 fases, sendo que os setores de Transporte e Educação seguirão intensidades diferentes.
De acordo com ela, independentemente do que funciona agora, o Estado está com os olhares voltados para a vulnerabilidade econômica de determinados setores mais impactados, como eventos e comércio.
PIB e arrecadação do ICMS
O secretário estadual da Fazenda, Henrique Meirelles, expôs alguns dados sobre os setores. Segundo ele, 74% das empresas abertas funcionam de forma normal e os outros 26% funcionam com restrições.
Meirelles ainda falou sobre a arrecadação do ICMS, que caiu 19% em abril — de R$ 13.733 para R$ 11.061. Estão previstas ainda quedas maiores em junho e julho, com impacto proporcional no PIB.
Henrique Meirelles explicou que os efeitos vistos nos setores que não possuem restrições são sistêmicos. Ou seja, 73% da perda de PIB em São Paulo corresponde aos efeitos da pandemia — não da quarentena. Então, menos de 27% da PIB tem impacto do isolamento social implantado pelo governo estadual.
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