Quase 300 jornalistas do Brasil e mais 10 países vão cobrir julgamento de Lula no TRF 4

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2018 13h21
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Divulgação Vista de fora do prédio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, que julga casos da Lava Jato em 2ª instância

Jornalistas da Inglaterra, Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Espanha, Dinamarca, Catar e Argentina estarão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), na próxima quarta-feira (24), para acompanhar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex na Lava Jato.

São 43 correspondentes estrangeiros e cerca de 250 profissionais de imprensa do Brasil que estarão nas áreas destinadas à cobertura jornalística do julgamento.

O TRF4 organizou uma Sala de Imprensa para 100 profissionais no andar térreo do prédio. Eles poderão acompanhar ao vivo a sessão de julgamento, por meio de um telão.

A mesma transmissão será disponibilizada também pela internet ao vivo. Além disso, os jornalistas de televisão, rádio, impresso e online que estarão na Sala de Imprensa poderão mandar o sinal diretamente para seus veículos.

Os profissionais também vão acompanhar a movimentação em frente ao prédio do TRF4, com credenciamento específico para este local.

Transmissão

A captação das imagens do julgamento será feita pelo sistema do tribunal, chamado Tela TRF4, que iniciou em 2012. As quatro câmeras HD remotas instaladas na sala de sessão da 8ª Turma vão mostrar todos os detalhes, da abertura à leitura do relatório, passando pela manifestação do MPF e dos advogados da defesa e pelos votos dos desembargadores.

Normalmente o TRF4 não costuma transmitir as sessões criminais. Mas em casos excepcionais, por decisão dos julgadores, o vídeo pode ser autorizado, uma vez que as salas também contam com sistema de gravação.

Links de transmissão ao vivo:

YouTube https://www.youtube.com/TRF4oficial

O caso

O ex-presidente foi condenado pelo juiz Sergio Moro na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro pelo recebimento de suposta propina da empreiteira OAS por meio de reforma do apartamento tríplex do Guarujá. Os R$ 3,7 milhões que teriam sido destinados a Lula diriam respeito a contratos da empresa com a Petrobras. O petista nega qualquer irregularidade e diz que o imóvel nunca lhe pertenceu.

Se condenado em segunda instância, Lula pode se tornar inelegível de acordo com as regras da lei da Ficha Limpa, mas o Partido dos Trabalhadores, que insiste no discurso de vitimização de seu líder, garante que vai manter a candidatura do ex-presidente ao Planalto até a última instância por meio de recursos a tribunais superiores.

Segurança

O PT e aliados de Lula mobilizam manifestações em Porto Alegre, sede do TRF4.

Lula, no entanto, não comparecerá à capital gaúcha. O ex-presidente cogitou estar presente no tribunal em seu julgamento no próximo dia 24, mas desistiu quando soube que não poderia depor novamente sobre o caso. O petista deve comparecer a ato em seu favor na Avenida Paulista, em São Paulo.

Já em Porto Alegre, um grande esquema de segurança tem sido mobilizado para garantir a segurança do julgamento e evitar confronto entre apoiadores e críticos do ex-presidente, que também devem se mobilizar no dia.

O presidente do TRF4, desembargador Thompson Flores, chegou a se reunir com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia na última semana para falar sobre a segurança dos três desembargadores que julgarão o caso de Lula, Leandro Paulsen, João Pedro Gebran Neto e Victor Luiz dos Santos Laus, integrantes da 8ª Turma do Tribunal, responsável pelos casos da Lava Jato.

Com informações da assessoria do TRF4

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