Quatro novas vítimas acusam Tadashi, ‘guru da meditação’, de assédio e organização criminosa
É a segunda denúncia contra o terapeuta, que já é réu por cinco estupros; mulheres afirmam que Tadashi Kadomoto cometia abusos durante cursos e treinamentos
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu uma nova investigação contra o terapeuta Tadashi Kadomoto, conhecido como “guru da meditação”, por posse sexual mediante fraude e associação criminosa. A segunda denúncia contra o terapeuta foi aberta depois que mais quatro novas vítimas procuraram o MP e relataram terem sido assediadas por Tadashi, que ganhou fama em todo Brasil por seus cursos e treinamentos de meditação. As mulheres relataram, em sessões privadas de terapia, tiveram que ficar apenas de lingerie e foram submetidas a toques nas regiões íntimas. Ainda segundo o MP, as alunas também disseram terem sido violentadas durante cursos no Instituto Tadashi Kadomoto.
Na primeira denúncia contra o terapeuta, que foi aceita pela Justiça no começo do mês e o tornou réu, a acusação contra Kadomoto foi de uma estagiária que relatou ter sido vítima de vários abusos sexuais durante sete anos de tratamento e treinamento. Depois de ouvir testemunhas e coletar provas, a Promotoria denunciou o terapeuta, que responderá na Justiça por cinco estupros. Tadashi Kadomoto se tornou ainda mais conhecido durante a pandemia e suas lives nas redes socias com mensagens de autoconhecimento costumam atrair milhares de seguidores.
Ele também atua há quase 30 anos fazendo terapia transpessoal, que usa hipnose, meditação, regressão e relaxamento. A Jovem Pan ainda não localizou a defesa de Tadashi. Em nota, na ocasião da primeira denúncia, a defesa de Kadomoto afirmou que “em toda a sua reconhecida trajetória profissional, jamais recebeu solicitação de esclarecimento sobre qualquer fato e nenhuma denúncia formal até o momento”. O MP está recebendo denúncias contra o terapeuta por meio do e-mail somosmuitas@mpsp.mp.br.
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