“Que a renúncia não seja estratégia para driblar cassação”, diz OAB

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/07/2016 17h23
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Brasília - O presidente da OAB, Cláudio Pacheco Prates Lamachia, durante coletiva fala sobre o senador Delcídio do Amaral (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato / Agência Brasil Cláudio Lamachia

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, disse nesta quinta-feira, 7, esperar que a renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) à Presidência da Câmara “não seja mais uma estratégia para driblar sua cassação”.

Para Lamachia, o País esperava “há muito tempo (pela saída do peemedebista), pois era evidente sua falta de legitimidade para continuar no cargo”.

“A renúncia do deputado Eduardo Cunha à Presidência da Câmara diminui as incertezas sobre a condução dos trabalhos legislativos e abre caminho para os deputados reorganizarem a Casa”, considera Lamachia.

A Câmara vive uma turbulência sem igual desde que o peemedebista caiu na malha fina da Operação Lava Jato. Os trabalhos estão praticamente paralisados desde que Waldir Maranhão (PP/MA) assumiu interinamente a cadeira de Eduardo Cunha, afastado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da OAB entende que a renúncia “não pode significar o fim do processo ético contra Eduardo Cunha, em curso na Câmara”. O processo pode resultar na inelegibilidade do parlamentar, sob suspeita da Procuradoria-Geral da República que lhe atribui corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Na Câmara que presidiu durante um ano e cinco meses, Cunha sofre processo de cassação. “Espero que essa renúncia não seja mais um artifício para driblar a cassação”, disse Lamachia.

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