Quebra de sigilo atinge também ex-assessores de Carlos Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2019 20h26
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo carlos bolsonaro Márcio da Silva Gerbatim e Claudionor Gerbatim de Lima já estiveram lotados nos gabinetes dos dois irmãos

A quebra de sigilo fiscal e bancário dos ex-funcionários do gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) atingiu também dois servidores que passaram pelo gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

Ligados ao ex-policial militar Fabrício Queiroz, pivô do caso Coaf, Márcio da Silva Gerbatim e Claudionor Gerbatim de Lima já estiveram lotados nos gabinetes dos dois irmãos que atuaram nos Legislativos estadual e municipal do Rio. A quebra de sigilo investiga um suposto caso de “rachadinha”, prática por meio da qual funcionários devolvem parte do salário para o parlamentar que os nomeou, e lavagem de dinheiro no gabinete do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro na Alerj, entre 2007 e 2018.

Ex-marido da atual mulher de Queiroz e pai da sua enteada, Márcio da Silva Gerbatim foi empregado pela primeira vez no gabinete de Carlos, onde ficou entre abril de 2008 e abril de 2010. Após os dois anos de serviço na Câmara Municipal, foi exonerado por Carlos e nomeado por Flávio na Alerj como assessor-adjunto, cargo que exerceu até maio de 2011.

Já Claudionor é sobrinho da mulher de Queiroz e fez o caminho inverso ao de Márcio: trocou a Alerj pela Câmara dos Vereadores. Ele é pai de Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, outra enteada de Queiroz, que esteve lotada no gabinete de Flávio na Alerj de agosto de 2017 até fevereiro deste ano.

O que diz a defesa

Em abril, Carlos Bolsonaro negou, por meio da assessoria de imprensa, que Fabrício Queiroz tenha tido influência em seu gabinete na Câmara Municipal, onde ele é vereador desde 2001. Segundo o parlamentar, Márcio Gerbatim foi nomeado no gabinete “face sua experiência na função de motorista e não por indicações” e que “nunca nenhum parente de Fabrício Queiroz foi nomeado neste gabinete”.

A assessoria também respondeu que o vereador não sabia que Gerbatim era ex-marido da mulher de Queiroz e que só tomou conhecimento da relação por meio da imprensa em 2018. “Ressalto que em época de campanha várias pessoas são contratadas, algumas se destacam e são posteriormente aproveitadas no gabinete. Foi o caso”, afirmou por e-mail.

*Com Estadão Conteúdo

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