Quem é e o que pensa Raquel Dodge, primeira mulher no comando da PGR

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2017 16h29 - Atualizado em 16/09/2017 16h30
Marcelo Camargo/Agência Brasil Raquel entende que as prioridades do Ministério Público devem ser a promoção de igualdade e direitos humanos

Raquel Elias Ferreira Dodge tem 30 anos de atuação no Ministério Público Federal. E é a primeira mulher a ocupar o cargo de procuradora-geral da República.

Natural de Goiás, ela passou a maior parte da carreira em brasília, onde concluiu a graduação, pela UnB. Ao ser nomeada procuradora, foi a segunda vez que figurou na lista tríplice do ministério publico federal. Mas nunca apareceu no topo desta lista. Em 2015, ela havia ficado em terceiro lugar.

Neste ano, Raquel subiu uma posição e teve 34 votos a menos que o primeiro colocado Nicolao Dino. A lista é composta com base nos votos de 1.300 procuradores, que escolhem três nomes para sugerir ao Executivo.

Michel Temer quebrou a prática dos últimos 14 anos ao escolhê-la, em vez de optar pelo primeiro colocado da lista. Mestre pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, ela se especializou em direitos humanos.

E durante sua sabatina no Senado, apresentou pontos de vista que reforçam esta formação. Questionada sobre o direito de um cidadão comum andar armado, Raquel Dodge disse ser pessoalmente favorável ao desarmamento.

Ouça os detalhes das falas de Raquel:

Fez também criticas a política carcerária e o pouco investimento no sistema prisional. E defendeu o controle externo das polícias.

Raquel entende que as prioridades do Ministério Público devem ser a promoção de igualdade e direitos humanos.

Ao longo da trajetória no MPF, ela atuou ainda como perita em casos de escravidão e fez parte da Câmara responsável por defender o direito de populações como os indígenas.

Reportagem de Helen Braun

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