Recursos de Pizzolato não devem mais ser aceitos, diz deputada brasileira do parlamento italiano

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2015 08h36
19/08/2005. Brasília. Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, durante depoimento na CPI dos Correios no Senado José Cruz/ Agência Brasil Henrique Pizzolato

A Justiça italiana negou recurso de Henrique Pizzolato e autorizou extradição do ex-diretor do Banco do Brasil. A decisão do Tribunal Administrativo da região do Lazio foi confirmada pelo representante do governo da Itália, Giuseppe Alvenzio.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan nesta quinta-feira (04), Renata Bueno, a primeira brasileira eleita para o Parlamento Italiano, explicou que Pizzolato ainda pode apelar para duas instâncias, mas que é improvável que o recurso seja aceito. São elas o conselho de Estado, que avalia um recurso da decisão administrativa, e a corte de direitos humanos da União Europeia. “Ele está tentando todas as alternativas possíveis, porque o protocolar é que, com a decisão do ministro da Justiça, ele já estava à disposição da Justiça brasileira para que voltasse ao Brasil”.

Pizzolato fugiu para a Itália em 2013 depois de ser condenado no julgamento do Mensalão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.

A deputada lembra que o Brasil e a Itália tiveram um episódio de estranhamento diplomático que ainda hoje causa mágoa no país europeu. O caso aconteceu em 2010, quando o governo brasileiro recusou o pedido de extradição de Cesare Battisti. “Não é mais uma questão diplomática, é o cidadão italiano que carrega essa mágoa dentro de si, porque ele foi um homicida condenado e não teve motivo algum pelo qual o governo brasileiro negasse essa extradição. Essa questão existe muito forte ainda”, contou.

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