Com redução de mortes, cemitério de Manaus suspende enterros em valas comuns
A medida de sepultamento em ‘sistema de trincheiras’ havia sido adotada no início da pandemia do novo coronavírus no estado do Amazonas
A Prefeitura de Manaus suspendeu a partir desta quarta-feira (17) os enterros em valas comuns realizados por conta da pandemia do novo coronavírus. Essa forma de sepultamento era feita no cemitério municipal Nossa Senhora Aparecida, o único com espaço público para novas covas na capital.
Chamado de “sistema de trincheira”, os enterros em valas comuns foram adotados após a prefeitura verificar o aumento da demanda, que saltou de 30 enterros diários para 100 – “muitos deles relacionados a vítimas fatais da Covid-19”, disse a administração em nota enviada à Jovem Pan.
Em abril e maio, meses de agravamento da pandemia no Amazonas, os cemitérios públicos e privados de Manaus registraram 5.168 sepultamentos e cremações.
“Foram 2.809 no mês de abril e mais 2.359 em maio. O sistema funerário público gerido pela Prefeitura de Manaus foi responsável por 4.334 desses enterros, o equivalente a 83,8%”, completou a nota.
Em janeiro, fevereiro e março, a média diária de sepultamentos nos cemitérios públicos de Manaus foi de 29, 27 e 28, respectivamente. “Em abril, com a explosão de mortes por Covid-19, essa média subiu para 81. No mês de maio, a média diminuiu para 61 enterros.”
Nesta terça, segundo a Prefeitura, 39 sepultamentos foram registrados nos cemitérios da capital. Atualmente, o Amazonas tem mais de 58 mil casos de Covid-19 e 2.549 mortes em decorrência da doença, segundo o Ministério da Saúde.
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