Reforma da Previdência precisa ser aprovada até o final do ano, diz Jucá

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/11/2017 15h20
Lula Marques-AGPT Lula Marques-AGPT Senador Romero Jucá (PMDB-RR), alega que o calendário da reforma da Previdência foi prejudicado por conta das denúncias contra Temer

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), considera que a reforma da Previdência precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados até o final do ano, caso contrário seria inviabilizada. “Se virar o ano sem votar esta matéria, ficará muito difícil começar o ano iniciando uma discussão de reforma de Previdência”, disse. Para ele, se os deputados aprovarem um “projeto palatável”, não há “nenhuma dúvida” que os senadores terão “responsabilidade” para discutir e votar a matéria no início de 2018.

Jucá admitiu que o calendário da reforma foi prejudicado pelas denúncias contra o presidente Michel Temer, apresentadas pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “O calendário da reforma da Previdência foi extremamente impactado pelas ações do Rodrigo Janot, contrário a todo esse projeto de reformas que nós estamos fazendo”, criticou. “É claro que as denúncias prejudicaram esse calendário, estamos chegando ao final do ano, portanto, com a proximidade da eleição, seria muito importante que a Câmara pudesse definir aquilo que precisa ser votado.”

O senador disse que é importante aprovar “alguma medida” da reforma, pois isso representaria uma mudança no “modelo previdenciário” e um “avanço político”. “Mesmo que não seja tudo o que precisa ser votado”, ponderou.

Ele defendeu a aprovação de pelo menos dois pontos da reforma, que chamou de “mais emblemáticos”: idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens e igualar os regimes de trabalhadores privados e servidores públicos. “São dois pontos que acho que não teriam nenhum tipo de celeuma”, avaliou Jucá. Mais cedo, no entanto, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), afirmou que isto não seria suficiente para garantir uma economia que seja “substancialmente superior” à metade do efeito fiscal esperado na proposta original.

O peemedebista negou a possibilidade de encaminhar um novo texto sobre a reforma previdenciária para o Senado, onde haveria maior receptividade, pois considera que isso seria “jogar fora” as discussões feitas na Câmara este ano. “A Câmara é que está com a palavra, não adianta o Senado se manifestar sobre isso, nós dizemos que é importante aprovar, mas os deputados deverão fazer uma avaliação conjuntural do que será possível aprovar.”

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