Reforma trabalhista será a segunda que governo “seguramente” realizará, diz Temer

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/03/2017 13h42
BRA100. BRASILIA (BRASIL), 29/12/2016. - El presidente de Brasil, Michel Temer,realiza hoy, jueves 29 de diciembre de 2016, un pronunciamiento de fin de año, en el que realizó un balance de sus siete meses al frente del Ejecutivo, en Brasilia (Brasil). Temer, dijo hoy que 2017 será un "año nuevo" para el país, en el que se conseguirá "vencer" la grave crisis económica en la que se encuentra sumergido el gigante suramericano. EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Presidente Michel Temer - EFE

O presidente da República, Michel Temer, disse nesta sexta-feira (17), em São Paulo que a reforma trabalhista vai ser a segunda reforma que o governo vai “seguramente” realizar. A declaração foi feita para uma plateia de empresários em reunião promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na capital paulista. 

Ao discorrer sobre as reformas que o governo pretende realizar no País, Temer citou a trabalhista em primeiro lugar. A declaração difere do que normalmente o presidente fala. Em discursos anteriores, Temer costumava destacar a reforma da Previdência como a segunda que o governo vai executar, após ter conseguido a aprovação para o teto dos gastos públicos.

Temer disse ainda que a reforma trabalhista, enviada pelo governo como projeto de lei ordinária, é “mais facilmente aprovável” do que uma emenda constitucional, porque depende apenas de maioria simples na Câmara e no Senado. 

“Nós estamos fazendo apenas a regulamentação desse dispositivo constitucional. Então eu digo, está já é a segunda reforma que seguramente nós vamos realizar”, afirmou Temer. Depois, o presidente falou da reforma do ensino médio e da reforma previdência.

Temer destacou que um dos principais temas da adequação da legislação do trabalho é a chamada prevalência do acordado sobre o legislado, que encabeça o projeto do governo. Ele destacou que a própria Constituição já prevê o reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho. 

“Evidentemente que uma convenção coletiva ou um acordo coletivo não se prestaria a reproduzir aqueles 40 direitos que já estão previstos nos artigos referentes aos direitos sociais, mas a “dicção constitucional” foi para enaltecer o acordo de vontades entre empregados e empregadores”, disse o presidente da República. 

A reforma trabalhista está sendo discutida na Câmara em uma comissão especial. A expectativa é que o relator da matéria, Rogério Marinho (PSDB-RN), apresente seu parecer até o dia 13 de abril, como o próprio parlamentar prometeu, e que o texto seja apreciado no início de maio na comissão.

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