Relator defende votação de reforma da Previdência no plenário após Senado votar trabalhista

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/05/2017 11h35
Divulgação Arthur Maia (PPS-BA) - DIV

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), defendeu na manhã desta terça-feira, 9, que a proposta só seja votada no plenário da Casa após o Senado aprovar a reforma trabalhista. “Defendo só votar depois da Trabalhista. Não faz sentido votar antes”, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Para o parlamentar baiano, o governo só deve colocar a reforma previdenciária em votação no plenário da Câmara, quando tiver certeza de que tem mais de 330 votos favoráveis. Como se trata de uma mudança constitucional, a proposta tem de ser votada em dois turnos no plenário e, para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos a favor.

O relator previu que, se a reforma da Previdência for aprovada no primeiro turno na Câmara, “certamente” todas as outras votações restantes na Casa e no Senado restantes serão “superadas”. “Nenhum receio do Senado. Algumas pessoas têm preocupações pessoais no Senado, mas proposta será aprovada”, disse.

Como antecipou o Broadcast na semana passada, líderes governistas acertaram com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só pautar a reforma da Previdência no plenário da Casa, após o Senado aprovar a reforma trabalhista. Com isso, a votação das mudanças previdenciárias na Câmara pode ficar para junho. 

A avaliação é de que a votação da reforma trabalhista pelo Senado será uma sinalização importante para os deputados de que os senadores também arcarão com o ônus de votar as reformas. Hoje, há uma reclamação recorrente na Câmara de que só os deputados se desgastam para votar medidas impopulares, que acabam paralisadas no Senado.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.