Relator lamenta por MP antifraudes no INSS ter demorado para ser votada

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2019 18h43
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Luis Macedo/Câmara dos Deputados O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) é o relator da MP antifraudes no INSS na Câmara

O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), relator da MP antifraudes no INSS na Câmara, lamentou, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o fato da Medida Provisória ter demorado para ser aprovada. Esta segunda-feira (3) é o último dia para os senadores votarem a MP antes que ela perca a validade.

“Eu entendo que houve uma demora na instalação da Comissão Especial, foi instalada apenas no dia 10 de abril”, contou o deputado. Mesmo assim, ele correu para o projeto pudesse ser votado. “Fiz um plano de trabalho bem enxuto, com poucas audiências públicas para ter prazo. No dia 7 de maio apresentei o relatório e nós o aprovamos no dia 8”, explicou. Mesmo assim, ele lamentou a demora. “Deveria ter sido instalada antes [a Comissão].”

Mesmo com o prazo curto, o relator acredita que a MP será aprovada no Senado. “Eu acredito que vá ser aprovada. A gente está trabalhando, a gente fica fazendo esse trabalho de campo e esclarecendo as dúvidas dos senadores”, afirmou. A votação será simbólica, ou seja, os líderes dos partidos indicarão as posições de sua bancada em vez de cada senador fazer seu voto.

Na tarde desta segunda-feira, a oposição e a base do governo fizeram um acordo para votar a MP. Martins, no entanto, revelou que alguns parlamentares se recusavam a votar a matéria. ‘Nós estamos no Brasil, tudo é possível, tudo é motivo para não votar. O parlamentar encontra uma vírgula que ele acha que não deveria estar lá e começa a fazer objeção”, disse.

Segundo o deputado, a MP busca coibir fraudes e “fechar as goteiras” no INSS. “Os órgãos de controle já apontaram que há um indício de irregularidade em mais de 3 milhões de processo de concessão de benefícios do INSS”, afirmou o parlamentar. A expectativa é de que a medida gere economia de R$ 10 bilhões, mas Paulo Eduardo Martins que essa quantia pode crescer. “Sempre que há uma medida proposta para fechar um dos gargalos você pode enfrentar um problema que nem foi visto”, ressaltou.

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