Relator lamenta por MP antifraudes no INSS ter demorado para ser votada
O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), relator da MP antifraudes no INSS na Câmara, lamentou, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o fato da Medida Provisória ter demorado para ser aprovada. Esta segunda-feira (3) é o último dia para os senadores votarem a MP antes que ela perca a validade.
“Eu entendo que houve uma demora na instalação da Comissão Especial, foi instalada apenas no dia 10 de abril”, contou o deputado. Mesmo assim, ele correu para o projeto pudesse ser votado. “Fiz um plano de trabalho bem enxuto, com poucas audiências públicas para ter prazo. No dia 7 de maio apresentei o relatório e nós o aprovamos no dia 8”, explicou. Mesmo assim, ele lamentou a demora. “Deveria ter sido instalada antes [a Comissão].”
Mesmo com o prazo curto, o relator acredita que a MP será aprovada no Senado. “Eu acredito que vá ser aprovada. A gente está trabalhando, a gente fica fazendo esse trabalho de campo e esclarecendo as dúvidas dos senadores”, afirmou. A votação será simbólica, ou seja, os líderes dos partidos indicarão as posições de sua bancada em vez de cada senador fazer seu voto.
Na tarde desta segunda-feira, a oposição e a base do governo fizeram um acordo para votar a MP. Martins, no entanto, revelou que alguns parlamentares se recusavam a votar a matéria. ‘Nós estamos no Brasil, tudo é possível, tudo é motivo para não votar. O parlamentar encontra uma vírgula que ele acha que não deveria estar lá e começa a fazer objeção”, disse.
Segundo o deputado, a MP busca coibir fraudes e “fechar as goteiras” no INSS. “Os órgãos de controle já apontaram que há um indício de irregularidade em mais de 3 milhões de processo de concessão de benefícios do INSS”, afirmou o parlamentar. A expectativa é de que a medida gere economia de R$ 10 bilhões, mas Paulo Eduardo Martins que essa quantia pode crescer. “Sempre que há uma medida proposta para fechar um dos gargalos você pode enfrentar um problema que nem foi visto”, ressaltou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.