Renan diz que PMDB tem que ser responsável em convenção para não agravar crise

  • Por Agência Estado
  • 10/03/2016 13h44
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Renan Calheiros (PMDB) em 2013 Antonio Cruz/Agência Brasil Renan Calheiros (PMDB)

Após jantar com lideranças do PSDB na noite desta quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que vai continuar conversando com diferentes partidos, mas afirmou que o PMDB deve ter cuidado com qualquer sinalização sobre o posicionamento do partido. A sigla realiza convenção nacional no próximo sábado, 12, em Brasília, e a ala oposicionista quer colocar em discussão uma ruptura com o governo. 

“O PMDB deve fazer sua convenção com muita responsabilidade porque qualquer sinalização que houver com relação ao posicionamento do PMDB pode diminuir ou aumentar a crise”, afirmou Renan. Segundo ele, o partido é o “pilar da governabilidade” e tem que ser a “saída para a crise”.

O presidente do Senado desconversou sobre a possibilidade de o partido votar uma moção de independência ao governo e se limitou a dizer que o PMDB deve afirmar sua “dependência em relação ao Brasil e priorizar o interesse nacional”. Entretanto, ele tornou a repetir que não faz parte do governo e que não vai participar do governo enquanto cumprir mandato de presidente do Senado. 

“Eu não sou governo. Entendi desde o início que a posição adequada para o presidente do Congresso Nacional é a isenção, assim você pode ajudar mais a democracia”, afirmou. ” não participarei do governo enquanto estiver na presidência do Senado Federal.”

Sobre o jantar do qual participou ontem com lideranças do PSDB, Renan reiterou a importância de conversar com diferentes partidos e lembrou que também se reuniu com o ex-presidente Lula e senadores da base aliada na parte da manhã. “Não foi a primeira vez e com certeza não será a última. Temos conversado e vamos continuar conversando. Ontem também tive um café da manhã com o Lula e diversos senadores. À tarde, conversei bastante com a presidente Dilma.”

Segundo Renan, a conversa com o PSDB não chegou a tratar do afastamento da presidente Dilma. “Foi uma conversa boa. Mas não chegamos a essa discussão. Temos cenários vários, que precisam ser discutidos”, disse.

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