Restaurantes e bares perdem 1,3 milhão de empregos na pandemia
Segundo a Associação Brasileira de Restaurantes, 35% dos estabelecimentos fecharam as portas definitivamente nos últimos meses
O que era pra ser um dia de comemoração se transformou em um dos momentos mais duros da vida do empresário André Bandim. Após seis anos, o bar dele em São Paulo fechou as portas. Mesmo se fosse possível se adaptar ao sistema de entregas em casa, a galeria onde o local funcionava teve as atividades suspensas durante a quarentena. André ainda tentou buscar crédito para enfrentar a crise, sem sucesso. Caso como o de André estão se tornando recorrente. Antes da pandemia, estabelecimentos próximos a vias comerciais, como a Avenida Paulista, costumavam ficar cheios na hora do almoço. Quatro meses depois, o cenário é de poucas mesas ocupadas por grupos ainda menores de clientes. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Restaurantes, Cristiano Melles, 72% dos estabelecimentos vão recorrer à ajuda externa para dar contas das despesas.
Segundo a Associação Brasileira de Restaurantes, 35% dos estabelecimentos fecharam as portas definitivamente nos últimos meses. Mesmo a reabertura do comércio pode não ser suficiente para equilibrar as contas dos negócios que sobreviveram à quarentena. Como é o caso do de Humberto Prado, dono de uma cantina que conseguiu se manter com o delivery, mas diz que o faturamento com o salão aberto não se compara. Segundo a Associação Nacional dos Restaurantes, cerca de 1,3 milhão empregos foram perdidos no setor em razão da pandemia.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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