Réveillon e Carnaval só poderão ser comemorados após vacina, diz Doria

‘Não há nada a celebrar’, disse o governador; no estado, são 393.176 casos confirmados e 18.640 óbitos pela Covid-19 desde o início da pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2020 16h06 - Atualizado em 15/07/2020 18h00
Newton Menezes/Estadão Conteúdo Governador João Doria durante coletiva de imprensa

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta quarta-feira (15) que as celebrações de Ano Novo e de Carnaval só poderão ocorrer no país após as pessoas estarem vacinadas contra o novo coronavírus, já que estes eventos geram aglomerações. Doria ressaltou que o Brasil já registrou quase 2 milhões de infectados e mais de 74 mil mortos pelo coronavírus. “É a maior tragédia desse país em qualquer tempo. Não há nada a celebrar, não há nada a comemorar” disse o governador. “Não temos que celebrar nem ano novo e nem carnaval diante de uma pandemia. Apenas com a vacina pronta e aplicada e a imunização feita é que poderemos ter celebrações que fazem parte do calendário do país. Mas neste momento não”, ressaltou.

O estado soma 393.176 casos confirmados e pessoas infectadas pelo novo coronavírus, com 18.640 óbitos pela doença. No Brasil, segundo boletim do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 41 mil casos nas últimas 24 horas, e outras 1.300 mortes. Ainda nesta quarta, o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 do Estado de São Paulo, João Gabbardo, reforçou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que há risco destas festividades não acontecerem se, até lá, não houver vacina.

Nesta quarta, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, também abordou o tema durante entrevista em Itaquera, na zona leste da capital, sobre a revitalização da avenida Jacu Pêssego. Segundo ele, a decisão se o réveillon e o Carnaval do ano que vem vão ocorrer na cidade ainda será analisada.

Covas também afirmou que está discutindo como poderiam ser a Parada do Orgulho LGBT e a Marcha Para Jesus, eventos que costumam ter a participação de milhares de pessoas. Sobre o Carnaval, Covas afirmou que são necessários no mínimo seis meses de organização. “Estamos discutindo com as escolas de samba a possibilidade de adiamento e com outras prefeituras”, disse o prefeito. Ele falou que também conversou com o prefeito de Salvador, ACM Neto (Democratas), para que essa decisão seja tomada conjuntamente com outras grandes cidades do Brasil.

*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo

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