Revista: Dilma cobrou pessoalmente repasse de R$ 12 milhões em caixa dois de campanha, diz Odebrecht

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2016 16h03
Presidente Dilma Rousseff durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília. 18/04/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino REUTERS/Ueslei Marcelino - 18/04/2016 Presidente Dilma Rousseff - reuters

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) teria cobrado pessoalmente de Marcelo Odebrecht uma doação ilegal na disputa presidencial de 2014, de acordo com a revista IstoÉ deste sábado (04). O empreiteiro teria revelado o encontro e a fala da presidente em delação premiada que pode resultar em acordo de leniênica da empresa, ainda não fechado.

O empreiteiro afirma que o então tesoureiro da campanha, Edinho Silva, o cobrou de uma doação “por fora” de R$ 12 milhões. O repasse iria a uma conta no exterior do marqueteiro João Santana, de acordo com a revista.

Odebrecht teria recusado a doação ilegal e disse que procuraria Dilma. Segundo o empreiteiro, o fez. E disse:

– Presidente, resolvi procurar a sra. para saber o seguinte: é mesmo para efetuar o pagamento exigido pelo Edinho?, perguntou Odebrecht.

– É para pagar, respondeu Dilma.

O encontro teria acontecido entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2014.

A resistência de Marcelo seria porque o valor extrapolava o valor combinado anteriormente. Ainda de acordo com a publicação, dos R$ 12 milhões, R$ 6 mi seriam para Santana e R$ 6 mi, repassados ao PMDB, partido aliado e do então vice e atual presidente em exercício, Michel Temer.

A Polícia Federal já investiga há meses doações no exterior direcionadas a João Santana.

Em recente entrevista à Folha de S. Paulo, Dilma Rousseff negou ter recebido caixa dois na campanha.

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