Ricardo Salles fala sobre improbidade: ‘Fui punido por equilibrar a defesa ambiental e o desenvolvimento’
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que não cometeu nenhum crime no caso que o levou a uma condenação por improbidade administrativa. “Não houve nenhum crime da minha parte, estou sendo punido por ter feito o equilíbrio entre a defesa do meio ambiente e o desenvolvimento econômico”, disse Salles em entrevista ao Pânico nesta segunda-feira (4).
O ministro foi condenado no fim do ano passado por fraudar um processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, em 2016. Na época, ele era secretário do Meio Ambiente do governo de São Paulo. “A sentença diz que não houve dano, não houve nenhuma vantagem aferida por mim”, ressaltou.
Uma das pessoas envolvidas no imbróglio é Victor Costa, ex-coordenador de Cartografia da Fundação Florestal. Salles disse que Costa fez a denúncia sobre a irregularidade quando foi avisado de que deixaria o cargo e, portanto, teria o salário diminuído. “Esse rapaz tinha sido avisado que não ia mais ser coordenador, ia perder a gratificação [de coordenador]. Na primeira oportunidade, ele foi e fez uma denúncia”, acusou.
Ricardo Salles seguiu reforçando que não houve nenhum crime na condução do projeto. “Não tinha nada de errado, os mapas precisavam ser desenhados do jeito que foi revisto pelos técnicos”, disse. Ele ainda rechaçou a acusação de ter favorecido mineradoras. “Eu não sou representante de mineradora nenhuma”, afirmou. “Todas as medidas que tomei foram para colocar bom senso e equilíbrio nas coisas”, explicou Salles.
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