RJ: sequestrador dizia que queria ‘parar a cidade, botar o terror e entrar para a história’

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2019 15h51
CLéBER MENDES/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Reféns chegaram a fazer cartazes com informações sobre o sequestrador para passar à polícia

William Augusto do Nascimento, de 20 anos, responsável pelo sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói na manhã desta terça-feira (20), dizia aos passageiros, durante o crime, que não queria machucar ninguém nem roubar nada, apenas “entrar para a história”.

“Ele só falava que queria entrar para a história, que a gente ia entrar para a história e que teria muita historia pra contar”, disse o professor de Geografia Hans Miller, de 34 anos, que estava no ônibus.

Segundo Miller, embora ele tenha pendurado os potes com gasolina por todo o ônibus, em nenhum momento ele ameaçou botar fogo no veículo.

“Ele disse que não queria tocar fogo no ônibus e que só queria dinheiro do Estado, que quem ia pagar a conta era o Estado”, contou.

O professor chegou a fazer cartazes com informações sobre o sequestrador para passar à polícia. Ele colocava os avisos entre o vidro e as cortinas, que tinham sido fechadas por determinação do criminoso.

Daniele Farias, de 38 anos, mulher de um outro refém, com quem manteve contato por mensagem durante todo o sequestro, contou uma história parecida.

“Meu marido falou comigo o tempo todo, dizendo que estava tudo bem, que ele não estava ameaçando ninguém, que estava calmo e que o que ele queria era parar a cidade, botar o terror”, declarou.

*Com Estadão Conteúdo

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