Rodrigo Maia reafirma compromisso de pautar reforma da Previdência, o ‘maior desafio’ da nova legislatura
Reeleito presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) reafirmou nesta segunda-feira (4), na abertura do ano legislativo, que um dos principais desafios atuais do Congresso é aprovar a reforma da Previdência. De acordo com ele, o rombo no sistema de aposentadorias é “uma das causas, se não a principal” da crise econômica do País.
“Nesta legislatura, precisaremos enfrentar uma pauta de matérias urgentes, de modo a corresponder à vontade da maioria da população, indicada pelo resultado das urnas”, disse. Como exemplos, destacou “a reforma previdenciária, a retomada do crescimento econômico, a redução da violência, o combate à corrupção e a redução da pobreza” no Brasil.
“Não é tarefa simples, uma vez que impõe sacrifícios à população”, disse, sobre a reforma. “No entanto, para garantir o equilíbrio fiscal, o crescimento econômico, a geração de empregos e o próprio pagamento dos benefícios aos aposentados, é imperativo enfrentar esse desafio. Quão mais urgente [o tema for tratado], menos doloroso o sacrifício.”
Para o deputado federal, esse deve ser “o maior desafio” da legislatura. “A aprovação da reforma da Previdência constituirá indicador seguro de que temos condições de promover outras mudanças destinadas a estimular nosso desenvolvimento. A realidade aponta para a necessidade inexorável da reforma”, discursou, nesta tarde.
Entretanto, ele indicou que pode propor mudanças ao projeto que está sendo preparado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro, sob a liderança do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Pode-se discutir questões pontuais envolvidas na implementação [da reforma]”, afirmou Maia. Dois pontos polêmicos envolvem idades mínimas e militares.
Apesar disso, o democrata se comprometeu a avaliar e discutir com “mérito, tempo e diálogo” as ideias do governo federal. “Devemos aprovar reforma adequada às exigências de dinamização da economia. Ao mesmo tempo, precisamos ter sensibilidade para evitar que o sacrifício imposto à população venha a ser demasiado e injustamente distribuído.”
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