Romero Jucá: ‘Não é novidade para o juiz Sergio Moro fazer política’

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2018 15h08 - Atualizado em 06/11/2018 15h25
Marcelo Camargo/Agência Brasil Há duas décadas no Senado, Jucá não conseguiu reeleição em 2018

O senador Romero Jucá (MDB) afirmou em entrevista que Sergio Moro “fazia política” no comando da Operação Lava Jato, mas que não “critica a escolha” do juiz para o comando do Ministério da Justiça. O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse ter dado “carta branca” ao futuro ministro.

“Não sou daqueles que critica a escolha do Moro, nós temos que respeitar. Não temos que ter condenação prévia de ninguém, não temos que ter preconceito”, disse. “Vamos ter que esperar as ações. Ele simboliza [a Lava Jato].”

Senador por Roraima desde 1995, Jucá não conseguiu se reeleger no pleito deste ano e vai deixar o Congresso Nacional. Ele teve 426 votos a menos que Mecias de Jesus (PRB), que ficou com a segunda vaga estadual. O primeiro colocado foi Chico Rodrigues (DEM), com 111.466 votos.

“Ele [Moro] fez política com a imprensa, fez política com o mundo Judiciário, com a sociedade. Não é uma novidade para ele fazer política. Só que o tipo de política que ele vai fazer vai ser ampliado, algumas vertentes que ele não atuava, ele vai ter que atuar. É uma pessoa inteligente, tenho certeza que ele poderá fazer um bom trabalho”, afirmou.

Futuro político

Há quatro anos, Romero Jucá havia dito que seria candidato apenas mais uma vez, em 2018. Derrotado nas urnas, ele voltou a dizer que uma nova eleição não está nos planos. “Vai depender da conjuntura, da minha condição de vida. É uma avaliação para ser feita no momento. Vou cuidar da minha vida.”

Não ter cargo público, na opinião dele, não o deixará de fora do universo público. “A política está no meu sangue, eu sei fazer isso bem. Eu não ter mandato não quer dizer que eu não possa debater, participar.” Em março, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal tornou Jucá réu em ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a partir de delação da construtora Odebrecht.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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