Acompanhe: 110 óbitos são confirmados; tenente diz que número ‘com certeza aumentará’

  • Por Jovem Pan
  • 28/01/2019 13h55 - Atualizado em 31/01/2019 20h23
Reprodução - Twitter Incidente aconteceu na barragem B1 da Mina Córrego do Feijão

Na última sexta-feira (25), a barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, localizada em Brumadinho, Minas Gerais, se rompeu, fazendo um mar de lama destruir toda a região. A barragem pertence à Vale, mineradora que já foi alvo de bloqueios da Justiça, no total de mais de R$ 12 bilhões, para auxiliar na reparação de danos. Até o momento, há confirmação de 110 mortos e 238 desaparecidos.

Acompanhe aqui em tempo real:

20h20 – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, usou as redes sociais para agradecer a todos que têm se esforçado para “minimizar o sofrimento de tantas famílias” e reforçou a importância da atuação do Exército brasileiro nas áreas atingidas.

20h – Trabalhos de busca e resgate serão reiniciados novamente às 4h.

19h25 – Tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de MG: “Nesse momento, entramos em uma fase difícil da operação considerando que a maioria dos corpos que estava em localidades superficiais já foi encontrada. Agora, a parte a ser encontrada demanda escavação e estabilização do terreno. Além disso, a maioria dos corpos íntegros foi recuperada. Agora podemos recuperar segmentos de corpos. Para isso, é necessário um trabalho que demanda muito mais. Nos próximos dias, o número de corpos com certeza aumentará. Entretanto, a velocidade de avanço talvez se reduza um pouco, já que o trabalho é mais minucioso”.

19h18 – Porta-voz da Polícia Militar, major Flávio Santiago afirma que há 950 PMs atuando na região de buscas em Brumadinho para garantir a segurança da população.

19h15 – “Nenhuma comunidade, bairro ou cidade que recebe água de concessionária vai ficar sem água. A única ressalva são para pessoas que fazem a captação de forma autônoma”, diz Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil de MG. Para abastecer essas últimas, 50 caminhões pipa estão distribuindo 20 mil litros de água potável.

19h08 – As autoridades de Minas Gerais atualizaram os números do desastre. Os óbitos confirmados subiram para 110, sendo que 71 deles já foram identificados no IML. Outros 238 seguem desaparecidos e 394 foram localizados.

18h10 – Previsão de chuva não se confirma; buscas são retomadas pelos bombeiros.

17h20 – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente do STF, Dias Toffoli, anunciaram a criação de um observatório conjunto para acompanhar tragédias. “Trabalharemos juntos para coordenar as ações e os poderes envolvidos, das Justiças envolvidas e dos Ministérios Públicos envolvidos”, disse ele.

17h – Presidente da Vale diz que a sirene de alerta não tocou porque foi “engolfada” pela lama.

16h43 – O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse, em entrevista coletiva, que os governos do Brasil e de Israel concluíram os trabalhos conjuntos em Brumadinho “com êxito”. “Os comandantes brasileiros elogiaram a equipe pela grande e importante contribuição profissional de resgate de vítimas. A delegação israelense transfere a responsabilidade para a brasileira e retorna para seu país às 17h partindo de Confins, em Minas Gerais”, informou.

16h27 – Com previsão de chuva forte, buscas são temporariamente interrompidas. Trabalhos serão reiniciados quando o tempo oferecer condições.

15h45 – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse, após reunião com representantes do Movimento de Atingidos por Barragens em Brasília, que as vítimas do desastre de Brumadinho “precisam ter reparações não só econômicas, mas também psicológicas”. Para ela, as mineradoras brasileiras são importantes para a economia local, mas devem estar preparadas para evitar riscos.

15h – Em entrevista coletiva, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, revelou que a corporação brasileira e a delegação de Israel conseguiram resgatar, juntas, 35 corpos de vítimas da tragédia. “Essa colaboração foi positiva. Infelizmente estão divulgando notícias falsas sobre um ‘retorno antecipado’ deles por problemas com nossas forças. Isso é inverídico. A colaboração foi proveitosa, os nossos bombeiros e as tropas israelenses localizaram 35 corpos – um número bastante expressivo. O retorno deles já era inicialmente previsto para amanhã. Por uma questão de vôos, embarcarão no fim da tarde de hoje”, explicou.

14h47 – No Brasil, 723 barragens apresentam algum tipo de risco e têm alto potencial de dano. Isso significa que, além de terem problemas estruturais, essas construções também estão muito próximas de comunidades, zonas de plantio e de criação de animais, por exemplo. Os dados constam em relatório feito em 2017 pela Agência Nacional de Águas (ANA).

14h25 – Até agora, 57 animais já foram resgatados da lama com rejeitos de minério. Tratam-se de 27 cães, 14 pássaros, oito galinhas, dois galos, dois bovinos, dois patos, um gato e um cágado. O objetivo do Corpo de Bombeiros é tentar devolvê-los aos donos após tratamento veterinário.

13h20 – Pessoas que tiveram contato direto com a lama, como bombeiros e voluntários, serão submetidas a exame periódicos para avaliar se foram contaminadas por metais pesados, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ele observou haver risco elevado de o solo também ser contaminado pelo chumbo, cádmio e mercúrio que agora estão presentes nas águas do Rio Paraopeba. “O monitoramento será feito de forma constante. Não sabemos se por um ano, ou mais. Tudo vai depender da dispersão”, explicou.

12h09 – Análise – Carlos Andreazza: A força concreta do tempo e os reais desaparecidos

11h49 – O governo de São Paulo criou um grupo de trabalho para atualizar e recomendar soluções para reduzir os riscos produzidos por barragens no estado de São Paulo. O grupo será coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado, conforme foi publicado no Diário Oficial, e deverá apresentar em 90 dias um relatório sobre as condições dos barramentos.

10h51 – As secretarias estaduais de Saúde, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais informaram que a água do Rio Paraopeba apresenta riscos à saúde humana e animal, após o rompimento da barragem. Com isso, por questão de segurança, até que a situação seja normalizada, as pastas não recomendam a utilização da água bruta do rio para qualquer finalidade.

10h26 – Bolsonaro agradece apoio das tropas de Israel.

10h18 – A Vale alugou uma fazenda para receber, alimentar e tratar os animais resgatados na tragédia. O Hospital de Campanha tem áreas para bois, porcos e cães, além de uma piscina para acomodar peixes. Estão abrigados, até o momento, 16 cães, quatro aves, um bovino e um gato. O setor de terapia intensiva conta com equipamentos para monitoramento de pressão arterial e da função respiratória dos animais. Dois ventiladores mecânicos foram adquiridos para atender os casos mais graves.

9h58 – Um dos lugares mais bonitos do Brasil, o Instituto Inhotim estava previsto para reabrir nesta sexta, mas vai continuar fechado depois da tragédia. O parque não chegou a ser atingido, mas, de acordo com a diretoria, “não há clima” para a reabertura aos visitantes. A afirmação foi dada pelo diretor-executivo Antônio Grassi em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã.

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8h32 – Os militares israelenses voltarão ao seu país após a colaboração no resgate de vítimas. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros. Em nota, um membro da comitiva de Israel afirmou que “em coordenação com as autoridades no Brasil e com o comandante da operação de resgate no Brasil, foi decidido que a missão da delegação israelense chegou ao seu fim com sucesso nesta etapa da operação de resgate”. Segundo ele, “os comandantes brasileiros elogiaram a delegação israelense pela grande e importante contribuição profissional para a operação de resgate. A delegação israelense transferirá a responsabilidade de maneira ordenada para a equipe de resgate brasileira e retornará a Israel”.

7h50 – Análise – Marco Antonio Villa: É preciso pente-fino em agências reguladoras e barragens

6h – Relatores de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) pediram para o governo brasileiro para priorizar as avaliações de segurança de barragens no país para evitar uma futura tragédia como as de Brumadinho e Mariana, em 2015. Em um comunicado emitido em Genebra, a ONU destacou que esse é o segundo acidente em três anos envolvendo a mineradora Vale. Os relatores disseram que o governo deve fazer tudo o que estiver ao alcance para levar à justiça os responsáveis pelo desastre.

4h – Buscas são retomadas.

Quinta-feira (31)

21h35 – Levantamento da consultoria Ramboll indica que a lama da barragem de Brumadinho já percorreu 100 quilômetros. Pelos cálculos, os rejeitos de minério estão se movimentando a 1 km por hora, mais lentamente do que o registrado em Mariana (MG), há três anos. Para a avaliação, foram usados dezenas nanosatélites.

21h08 – “Estamos prontos para fornecer qualquer apoio que pudermos”, afirmou a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, em relação ao rompimento da barragem de Brumadinho. Em meio a discussões sobre a saída de britânicos da União Europeia – o chamado Brexit – ela fez discurso e citou o Brasil no parlamento.

20h48 – O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais resgatou 45 animais vivos. Outros três, que não teriam condição de resgate ou recuperação, precisaram sofrer eutanásia por meio de injeções letais. Os bombeiros não especificaram os tipos de animais salvos e levados ao atendimento de veterinários.

20h – Buscas são suspensas.

19h24 – As pancadas de chuva que atingiram Brumadinho causaram quedas de árvores e atrapalharam o trabalho de buscas por cerca de uma hora. “Duas dessas árvores caíram na estrada de acesso ao Córrego do Feijão”, contou o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros. Isso impediu o acesso de veículos à região.

18h52 – O Corpo de Bombeiros informou que 10 dos 15 corpos encontrados nesta quarta estavam na área do refeitório utilizado por funcionários da Vale. “Amanhã poderemos encontrar mais corpos na área do refeitório”, afirmou em entrevista coletiva o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara.

18h31 – O major Flávio Santiago, da Polícia Militar de Minas Gerais, afirmou que mais de 300 pessoas foram abordadas por suspeita de saques na região de Brumadinho.

18h24 – Subiu para 99 o número de mortos após o desastre de Brumadinho. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, ainda há 259 desaparecidos. O número de pessoas localizadas chegou a 393 após mais um dia de buscas. Das vítimas fatais, 57 foram identificadas até agora pelo Instituto Médico Legal (IML) da região.

18h16 – O Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo – que fica em Brumadinho -, adiou a reabertura do parte, prevista para sexta-feira (1º). “A tragédia provocou impactos diretos no Instituto, uma vez que, dos cerca de 600 funcionários que emprega, 80% moram na região. Desses, 41 têm familiares próximos desaparecidos ou com óbito declarado, e os demais procuram por amigos e pessoas conhecidas. O cenário está sendo diariamente avaliado pelo Comitê de Crise formado para entender os impactos do desastre e traçar medidas em conjunto com os órgãos competentes em busca de minimizar danos. A data de reabertura será comunicada assim que o Instituto avaliar o momento propício para abrir as portas novamente aos visitantes.”

18h04 – O porta-voz do governo federal, Otávio Santana do Rêgo Barros, reafirmou que os ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional liberaram R$ 801,9 milhões em assistência a vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho. Os recursos poderão ser utilizados para a compra de água potável, cestas básicas, barracas, colchões, produtos de higiene, além de kits para idosos e crianças, que devem incluir fraldas.

17h10 – Chuva forte atinge a cidade de Brumadinho, especialmente no local onde se concentram as buscas por sobreviventes. Pancadas já estavam previstas para a região, que registrou sensação térmica de 36°C. O trabalho do Corpo de Bombeiros foi interrompido.

17h – O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, tenente Pedro Aihara, afirmou que informações falsas estão dificultando o trabalho de busca por sobreviventes em Brumadinho. “O serviço tem sido bastante prejudicado com fake news. Toda a veiculação desse tipo de notícia, quando é falsa, prejudica muito e atrasa o importante trabalho que a gente está fazendo em relação à recuperação desses corpos.”

16h35 – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou que a Vale “provavelmente” vai pagar pela recuperação da ponte de linha férrea que desabou sobre o Córrego do Feijão, em Brumadinho, após o rompimento de barragem. Propriedade da Vale, o ramal afetado deve ser recuperado pela MRS, empresa de logística que opera no local.

16h12 – Acionistas minoritários pediram abertura de inquérito contra a Vale na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Eles denunciaram a mineradora por não contabilizar em relatórios os riscos do negócio. O grupo alega que a companhia descumpriu o dever de divulgar amplas informações a investidores sobre impactos de atividades, o que incidiria na prática de manipulação de mercado.

15h48 – O ministro José Múcio Monteiro, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu a abertura de processo investigativo contra a Agência Nacional de Mineração (ANM), após o rompimento de barragem da Vale. O objetivo é apurar as causas e as responsabilidades do acidente em Brumadinho. O caso será relatado por Ana Arraes.

14h58 – Até o momento, 32 animais já foram resgatados vivos na região de Brumadinho, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Eles foram levados a duas fazendas na região do Córrego do Feijão, onde houve o rompimento da barragem. Lá, o Ibama coordena os trabalhos de uma equipe com mais de 10 veterinários. Outros três animais, sem condição de recuperação, sofreram eutanásia com injeções letais.

13h15 – Em coletiva, coronel da Defesa Civil Flávio Godinho confirma que até o momento 51 vítimas já foram identificadas. Ainda de acordo com ele, todas as barragens da Vale estão sendo monitoradas e não há risco de novo rompimento no momento.

10h51 – Em entrevista coletiva, Sérgio Leite, porta-voz da Vale, reforçou que nenhuma família de vítima deixará de ser contactada. A empresa vai pagar 100 mil reais para cada vítima.

9h25 – Para as ações desta quarta, foram acionados agentes de cidades próximas e de vários estados do País para apoio aos trabalhos na área.

9h – A “solução” da paralisação das atividades das barragens proposta pela Vale foi criticada pelo prefeito de Mariana, Duarte Jr. “O presidente da Vale disse que vai suspender as operações. Eu concordo, tem que suspender mesmo, a mineração tem que ser a seco, mas tem que tomar cuidado”, disse, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã.

8h – A repórter da Jovem Pan em Brumadinho, Victoria Abel, explicou que os bombeiros acreditam ter encontrado a região do refeitório da Vale e, por isso, o número de mortos deve subir.

7h – Operação de resgate chega ao sexto dia de buscas. A chance de encontrar vítimas com vida é escassa, de acordo com o Tenente Aihara. Até o momento, o Corpo de Bombeiros confirma 84 mortos – com 67 identificados; 276 desaparecidos; 192 resgatados e 391 localizados.

Quarta-feira (30)

20h30 – Buscas são suspensas; trabalhos voltam na madrugada.

20h – Em entrevista coletiva, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou que a mineradora fechará 10 barragens de Minas Gerais que possuem características iguais às de Mariana e Brumadinho. “Todas elas já estão desativadas, nenhuma está em operação. Elas serão devolvidas à natureza. Deixarão de ser barragens. Serão ou esvaziadas ou integradas ao meio-ambiente”, explicou. “É um plano definitivo, drástico, para não deixar dúvida de que todo o sistema da Vale está absolutamente seguro”, completou.

De acordo com Schvartsman, esse plano – que levará de 1 a 3 anos para ser concluído – já foi apresentado ao governador Romeu Zema. Para colocá-lo em prática, a companhia terá que “paralisar as operações de mineração em todos os sites que estão nas proximidades dessas barragens”. Isso pode causar, segundo os cálculos iniciais, um impacto produtivo de 40 milhões de toneladas/ano de minério de ferro.

19h41 – Tenente Aihara: “A operação entra agora em uma característica diferente em que a possibilidade de encontrar pessoas com vida é muito pequena“.

19h39 – Porta-voz do Corpo de Bombeiros, o tenente Pedro Aihara confirmou a ocorrência de um incêndio em Brumadinho no fim da tarde. “O incêndio aconteceu nas proximidades do Posto de Comando Avançado e foi provocado por uma pessoa que tem problemas psiquiátricos e ateou fogo na própria casa. Estávamos próximos e conseguimos debelar. A pessoa foi encaminhada à UPA. Graças à atuação rápida dos militares, conseguimos preservar a vida”, afirmou, em coletiva de imprensa. Ainda segundo ele, o caso envolve uma “questão passional” de um homem em relação à sua companheira.

19h30 – Em coletiva de imprensa, números são atualizados: 84 óbitos e 276 desaparecidos.

19h – Integrantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de São Paulo embarcam para Brumadinho. A equipe inclui 44 bombeiros, 12 viaturas, 2 cães farejadores, 10 homens do comando de aviação e 2 helicópteros. De acordo com o Cel. Max Mena, comandante interino dos Bombeiros de SP, eles estão viajando sem prazo para voltar. “Não temos prazo de retorno. O prazo é determinação do comandante de Minas Gerais. Estamos indo para ficar à disposição deles. Estamos encaminhando equipamentos e pessoas experientes, motivadas e ansiosas para poder ajudar e levar algum alento ao povo de Minas”, disse.

17h34 – O chefe da delegação de Israel, Cel. Golan Vach, disse em entrevista coletiva que entre os equipamentos trazidos por eles ao Brasil estão drones, câmeras de imagem, câmeras térmicas, câmeras de infravermelho e radares de solo e de água. Essas ferramentas estão sendo usadas e já conseguiram auxiliar no resgate de vítimas. Além disso, destacou que, ainda assim,”os equipamentos mais importantes” são os militares e os cães.

16h38 – A Defesa Civil de Minas Gerais informou que está acompanhando a situação de animais que foram vítimas do rompimento da barragem. A ação é acompanhada por outros órgãos estaduais e federais. Os animais resgatados com vida estão sendo encaminhados para um sítio próximo ao local. Lá, eles estão recebendo alimentação adequada, tratamento, medicamentos e aporte necessário feito por uma equipe de veterinários.

16h19 – Galeria: Veja fotos e vídeos do trabalho dos Bombeiros na busca e no resgate de vítimas 

15h55 – A lama com rejeitos de minério que se espalha por Brumadinho pode ser prejudicial à saúde. O Rio Paraopeba, principal da região, já foi contaminado. Dessa forma, o contato com a água deve ser evitado. A secretaria mineira da Saúde divulgou essa e outras recomendações à população. Confira aqui.

15h30 – Análise – Blog do Andreazza: Modus operandi lava-jatista em Brumadinho

14h48 – Salim Mattar, secretário-geral de privatizações do governo federal, disse que, apesar do desastre humanitário e ambiental, a sociedade não pode sacrificar a Vale, mas, sim, os responsáveis pelo rompimento da barragem. “Neste desastre terrível, estou vendo a sociedade sacrificando a companhia, quando deveriam ser sacrificadas as pessoas que tomaram as atitudes”, disse em evento em em São Paulo. Ele complementou dizendo que “o CNPJ [da Vale] não fez mal a ninguém” e que o desastre foi fruto de “erros cometidos por seres humanos”.

14h35 – Bombeiros de MG compartilham vídeo nas redes sociais com imagens de trabalho conjunto com a Polícia Civil.

13h37 – O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o governo federal vai aguardar a investigação das causas do desastre para decidir sobre uma eventual intervenção na diretoria da empresa. “Não há condição de haver nenhum grau de intervenção agora. Isso não seria uma boa sinalização para o mercado”, afirmou em entrevista coletiva realizada após a reunião semanal do conselho ministerial do governo.

12h24 – A juíza federal da Comarca de Brumadinho, Perla Saliba Brito, considera a prisão de funcionários da Vale envolvidos no licenciamento imprescindível para as investigações. “Trata-se de apuração complexa de delitos, alguns, perpetrados na clandestinidade”, disse. Para ela, alguns documentos indicam que os responsáveis pelo desastre podem responder por falsidade ideológica, crimes ambientais e homicídio. “Crimes [como] estes [são] punidos com penas de reclusão”, disparou.

11h40 – Os helicópteros que cortam o céu de Brumadinho não estão ocupados apenas em apoiar a retirada de corpos dos escombros e da lama ou encontrar sobreviventes em meio à destruição. Ao menos uma das aeronaves tem a missão de executar, com tiros, animais ilhados, presos na lama ou feridos.

GIAZI CAVALCANTE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

11h – Helicópteros da Força Aérea Brasileira realizam missões para auxiliar a infiltração de bombeiros, batalhões de infantaria e militares israelenses nas áreas das buscas.

10h29 – A Vale enviou nota à imprensa dizendo que está contribuindo com as investigações, sem citar nominalmente a operação policial que ocorre em São Paulo atendendo a pedido da Justiça de Minas Gerais. “Referente aos mandados cumpridos nesta manhã, a Vale informa que está colaborando plenamente com as autoridades. A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas”, disse.

9h46 – O caso da tragédia que deixou 19 mortos em Mariana, em 2015, segue sem resoluções criminais para os responsáveis pelo crime ambiental e não é visto como exemplo para o caso recente de Brumadinho, também em Minas Gerais. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o procurador da República que cuidou do caso de Mariana, Gustavo Henrique Oliveira, acredita que o “caso de Brumadinho pode chamar ainda mais atenção das autoridades para a necessidade de que o processo criminal ande mais rápido”.

9h12 – O grupo de 136 militares de israelenses, entre médicos, técnicos e engenheiros, ficará no Brasil o tempo que for necessário, afirmou o embaixador de Israel, Yossi Shelle. “O tempo da missão no Brasil depende da necessidade. A equipe está aqui com grande entusiasmo, e Israel está fazendo aqui o mesmo trabalho de ajuda humanitária que fez em outros países como, por exemplo, México e Filipinas”, disse ele.

8h43 – Em entrevista ao Jornal da Manhã, o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil do Estado, destacou que os focos das buscas estão nos locais onde estava localizado o refeitório da Vale e onde foi encontrado um ônibus soterrado. “É um trabalho difícil, uma parte grande e extensa, mas os bombeiros estão diuturnamente fazendo os trabalhos. Nesse momento as buscas já iniciaram e teremos reunião de alinhamento para verificar novas tratativas e apresentar novos números”, disse.

8h20 – Análise – Vera Magalhães: Vale paga preço mais alto pelo que parecia ter ‘economizado’ antes

7h – O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil cumpriram dois mandados de prisão contra engenheiros que prestavam serviço para a Vale e que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho, que rompeu na última sexta-feira (25). Em Minas foram cumpridos outros três mandados de prisão contra funcionários da Vale.

6h27 – O Governo Federal determinou a fiscalização imediata de todas as barragens que possuem dano potencial associado à vida humana. A decisão foi do Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastres criado após o rompimento em Brumadinho. A resolução foi assinada pelo ministro da Casa Civil e coordenador do conselho, Onyx Lorenzoni, e será publicada nesta terça (29) no Diário Oficial da União. A fiscalização deverá ser realizada pelos órgãos reguladores, que deverão cobrar que as empresas atualizem os planos de segurança de barragens.

6h15 – O chamado conselho de Governo, que reúne todos os ministros de Estado, volta a se reunir nesta terça-feira (29) em Brasília. Segundo o presidente em exercício, Hamilton Mourão, o objetivo é acompanhar os desdobramentos do rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, principalmente a questão envolvendo a fiscalização de barragens, sendo que a ideia nesse momento é endurecer as regras.

4h – Trabalhos são retomados. Bombeiros usam escavadeiras na busca de dois ônibus.

FáBIO BARROS/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO

Terça-feira (29)

22h – Buscas são suspensas; trabalhos voltam na madrugada.

20h46 – Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, também fez um apelo aos moradores da região. De acordo com ele, drones pilotados pela população local estão atrapalhando o trabalho aéreo de busca e resgate de vítimas. “Algumas de nossas aeronaves fizeram manobras de emergência em decorrência da aproximação não autorizada de drones. Isso coloca em risco a vida das pessoas e o funcionamento da nossa operação. Pedimos mais uma vez que se abstenham de usar esse tipo de equipamento.”

20h30 – O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, informou que os equipamentos levados até Brumadinho pela equipe da Defesa de Israel trarão “recursos positivos ao trabalho da corporação” na busca por vítimas. A afirmação contraria o que havia circulado na imprensa durante a tarde sobre uma suposta ineficiência desses aparelhos.

19h58 – Major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar, afirmou em entrevista coletiva que a corporação aumentou o efetivo que atua na região de Brumadinho para 250. Disse ainda que não houve nenhum registro de saques ou outros crimes similares na cidade.

19h27 – A mineradora Vale vai doar R$ 100 mil imediatamente a cada família de pessoas que morreram ou desapareceram, segundo o diretor-executivo Luciano Siani. Ele também anunciou contratação de psicólogos do Hospital Albert Einstein.

19h – Em entrevista coletiva, Luciano Siani, diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, disse que, assim como a sociedade, “a família Vale está dilacerada” com a tragédia. A afirmação apareceu quando ele foi questionado sobre as declarações do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, sobre a possibilidade de afastar a diretoria da empresa durante as investigações.

“Obviamente eu não tenho competência para fazer nenhuma declaração sobre esse assunto. Isso tudo cabe ao conselho de administração. Como eu já disse, o espírito da diretoria da companhia é que esses assuntos são de menor importância. O foco é na mitigação do sofrimento, no meio-ambiente, nas famílias, nos atingidos. Lembrando vocês que a família Vale foi profundamente atingida por isso também. Não se trata apenas de falar em terceiros ou na sociedade. A família Vale está dilacerada, está sofrendo”, disse Siani.

18h14 – Cerca de 1 mil militares estão de prontidão para atuar em Brumadinho, afirmou o porta-voz do governo federal, Otávio Santana do Rêgo Barros. “O Exército já está pronto desde sexta-feira à noite, imediatamente após o acidente. No caso específico, resta ao governo de Minas Gerais, se assim lhe parecer adequado, fazer a solicitação”, afirmou em entrevista coletiva concedida em São Paulo.

17h46 – O Serviço Geológico do Brasil prevê que a pluma, mistura de água e rejeito, formada pelo rompimento da barragem deve chegar à foz do Rio Paraopeba entre os dias 15 e 20 de fevereiro. De acordo com relatório, a pluma se desloca a 1 km/h e deve chegar à região de São José da Varginha na noite de terça (29). Entre 5 e 10 de fevereiro, a lama deve atingir a usina hidrelétrica de Retiro Baixo. Depois, na semana seguinte, os rejeitos deverão chegar à foz do Paraopeba, na usina hidrelétrica de Três Marias. A foz do Rio Paraopeba, o principal afetado pelo rompimento da barragem, fica na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, na região central de Minas Gerais.

17h – O desastre está influenciando fortemente a Bolsa brasileira. As ações da mineradora Vale (VALE3) tiveram uma queda de mais de 24% no pregão desta segunda, o primeiro após o rompimento da barragem. Em reais, o valor chegou a R$ 42,38, o que representa uma queda de quase R$ 70 bilhões em seu valor de mercado.

16h15 – A Agência Brasileira de Inteligência fez um comunicado oficial declarando que são falsas as informações de que a barragem que rompeu na última sexta-feira (25) foi alvo de um ataque terrorista. “A ABIN esclarece ser totalmente inverídica a informação, difundida por redes sociais e aplicativos de mensagens, sobre a ocorrência de ataque terrorista contra a barragem de Brumadinho/MG. A ABIN não recebeu qualquer relato sobre prisões de venezuelano e cubano na região”, diz a nota.

16h12 –  A tragédia de Brumadinho foi tão intensa que pode ser captada por sismógrafos localizados a 100 quilômetros de distância da barragem do Córrego do Feijão. De acordo com o Centro de Sismologia da USP, o escoamento da lama foi registrado – aproximadamente cinco minutos após o rompimento da barragem – em Bom Sucesso e Diamantina, em Minas.

16h – O Ministério da Cidadania anunciou que os moradores da cidade terão o pagamento do Bolsa Família antecipado. Com a medida, os beneficiários vão poder sacar o dinheiro sem precisar seguir o calendário do programa. “Estamos fazendo um esforço de antecipação de recursos e vamos avaliar, junto ao governo do Estado e à prefeitura, em que outras ações de nível local nós poderemos ser úteis para proteger e socorrer a população, principalmente os mais pobres”, disse o ministro Osmar Terra.

15h57 – Uma marca de cosméticos está sendo criticada nas redes sociais por ter feito um “ensaio-protesto” sobre a tragédia. Nas fotos, os modelos aparecem todos sujos de lama e incentivam os brasileiros “a não desistirem da luta”. “Tá querendo se promover, vai lá tirar as pessoas da lama e tira uma foto. Ai sim, porque a realidade não [tem] essas carinhas bonitas”, disparou um internauta.

15h28 – Agentes da Força Aérea Brasileira, da Marinha do Brasil e do Exército realizam briefing conjunto das tripulações dos helicópteros para organizar a infiltração das tropas israelenses na área de busca e resgate.

15h10 – O governo brasileiro não autorizou a viagem de um relator da Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar a situação de barragens após o desastre de Mariana (MG) em 2015. “Fiz repetidos apelos ao governo para que eu fizesse uma avaliação independente da situação”, declarou Baskut Tuncak. “Fizemos muitos pedidos e tivemos reuniões com a missão do Brasil em Genebra [na Suíça], mas não tivemos uma resposta e não recebemos um convite”, disse. Isso aconteceu nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.

14h50 – A assessoria de imprensa da Vale divulgou um comunicado afirmando que “não autorizou terceiros, inclusive advogados contratados, a falar em nome da empresa” nesse momento. “A Vale volta a ressaltar, de forma enfática, que permanecerá contribuindo com todas as investigações para a apuração dos fatos e que esse é o foco de sua diretoria, juntamente com o apoio às famílias atingidas”, disse a nota. Pouco antes, o advogado Sergio Bermudes, um dos principais defensores contratados, havia dito que a empresa “não vê responsabilidade” no rompimento da barragem.

14h17 – Vale informa na web que funcionários de outras unidades da empresa organizaram um “minuto de silêncio” em homenagem às vítimas de Brumadinho. Nos comentários, os internautas se revoltaram. “Usar fitinha e fazer um minuto de silêncio não muda o que aconteceu, parem de fazem marketing de tapa-buraco e comecem a pagar, assassinos”, criticou um deles.

13h54 – A Vale “não vê responsabilidade” no rompimento da barragem pertencente à mineradora que destruiu a cidade de Brumadinho na última sexta-feira (25). A informação é do advogado Sergio Bermudes, um dos principais defensores contratados pela empresa. “A Vale não vê responsabilidade. Nem por dolo, que é infração intencional da lei, nem por culpa, que é a infração da lei por imperícia, imprudência ou negligência. Ela atribui o acontecido a um caso fortuito que ela está apurando ainda”, afirmou ao O Estado de S. Paulo.

13h45 – O presidente em exercício general Hamilton Mourão afirmou que o gabinete de crise do governo está estudando a possibilidade de a diretoria da mineradora ser afastada de suas funções durante as investigações sobre o desastre. “Essa questão da diretoria da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise. Vamos aguardar quais são as linhas de atuação que eles estão levantando”, disse a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto.

13h30 – O Corpo de Bombeiros anunciou que as tropas israelenses devem iniciar ainda nesta segunda (28) os trabalhos de buscas por vítimas. Um grupo de 129 militares especialistas no socorro de pessoas soterradas chegou na noite de domingo (27) ao Brasil. A operação foi coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com apoio de Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil.

12h45 – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que planeja se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, para discutir a tragédia. Ao defender uma ação conjunta do sistema de Justiça, pediu prioridade na indenização das famílias e cobrou que a Vale seja responsabilizada “severamente”.

11h48 – Nas redes sociais, Força Aérea Brasileira compartilha vídeo de militares atuando nas buscas de vítimas.

11h – Na manhã desta segunda-feira (28), o número de mortos chegou a 60. O porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, anunciou que é “muito difícil” encontrar sobreviventes na lama de rejeitos. “É uma operação de guerra e a quantidade de minérios dificulta a realização dela na velocidade que as famílias desejam, infelizmente”.

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